segunda-feira, 6 de maio de 2013

SEGUNDA FASE - OS 48 MINICONTOS



QUARENTA E OITO CLASSIFICADOS...
 
QUARENTA E OITO AUTORES DEPOSITANDO GRANDES ESPERANÇAS
EM PEQUENOS CONTOS...
 
QUARENTA E OITO AUTORES DIVIDIDOS EM QUATRO EQUIPES...
 
GRANDES JURADOS, GRANDES RESPONSABILIDADES...
 
QUEM IRÁ SE CONSAGRAR COMO O MAIS NOVO ILUSTRE MINICONTISTA DO BRASIL?
 
APRESENTAMOS:
 
A SEGUNDA FASE DO I CONCURSO DE MINICONTOS AUTORES S/A
(OS MINICONTOS)
 
            Eles se classificaram, foram surpreendidos por uma nova etapa e se esmeraram para apresentarem mais um show literário para todos os leitores. A tendência é afunilamento e, como toda brincadeira um dia tem seu fim, no fim, teremos apenas um – um vencedor ou vencedora.
            Aos poucos, vamos assimilando a dinâmica inovadora deste concurso. Em nenhum outro concurso literário, até então, esta dinâmica fora adotada. São quatro equipes, comandadas por quatro jurados (André Sant’Anna, Leila Míccolis, Marcos Pasche e Paulo Fodra) que, durante a competição, acompanharão e aconselharão seus pupilos. Os mesmos jurados darão as palavras finais: quem se despede e quem avança.
            Nesta Segunda Fase, presenciaremos um corte brusco: serão classificados apenas cinco autores por equipe. Cada jurado terá esta difícil missão para com o seu grupo. Quem eles elegerão como os melhores da equipe no momento? Mais abaixo, você saberá como participar dessa aposta e concorrer a um livro! Na próxima quinta-feira, saberemos quais serão esses nomes...
 
                                                           NOTA IMPORTANTE
 
            Dos 48 classificados, dois deles, infelizmente, não enviaram seus minicontos para a Segunda Fase, o que foi entendido como desistência do certame.  A organização entrou em contato, tentou entender os motivos, mas não obteve nenhuma resposta. São eles:

            Sr. B.
            Na primeira fase, Sr. B. foi escolhido pela jurada Leila Míccolis para compor a sua equipe, Max Minis. Ele escreveu o miniconto “Crescer”.
 
            LF MG
            Na primeira fase, LF MG foi escolhido pelo jurado Paulo Fodra para compor a sua equipe, Insólitos. Ele escreveu o miniconto “Fim”.
 
            Em substituição a esses integrantes, foram escolhidos os seguintes autores e minicontos:
 
De Nova Friburgo, Rio de Janeiro: Hydra de Lerna (42 anos)
Título: Laço
 
Catava comida no lixo quando achou um embrulho que chorava.  Criou-o com amor e o que catava nas ruas.  Agora, velha, é o que queriam “lixo” que a alimenta.
 
De Salvador, Bahia: Maria Cecília (47 anos)
Título: Agudo
 
O menino atravessa correndo a praça com seu violino na mão. Um azougue, na corrida o garoto de pele preta absorve os raios do Sol.
Policiais o detêm.
- Roubou onde esse violino?
- O violino é meu.
- E por que está correndo? Não sabe que preto correndo é ladrão? 
- Estou atrasado para uma apresentação.
- Então toque, prove que é seu.
Israel põe o instrumento próximo ao rosto e acaricia as cordas com as cerdas de um arco. Da caixa de madeira, notas musicais.
Os homens fardados liberam a criança. Mas o timbre agudo do violino ecoa até hoje na Praça 13 de Maio.
 
            E então, o que acharam? Gostaram dos novos participantes?
 
            Hydra de Lerna passa a integrar a equipe Insólitos, de Paulo Fodra.
            Maria Cecília passa a integrar a equipe Max Minis, de Leila Míccolis.
 
 
            Com as equipes formadas, observamos algumas curiosidades a respeito. Na famosa guerra dos sexos, quem levou a melhor até agora? Homens ou mulheres? Quais Estados estão mais representados nesta segunda fase? Quais países, além do Brasil, estão na parada? Vejamos, abaixo:



 

EQUIPE: INSÓLITOS
JURADO: PAULO FODRA
 
            Na equipe do grande Fodra, as mulheres dominam o pedaço. Sim: são quatro homens e oito mulheres! O Paulo tem um ótimo faro feminino, não?
           
            E qual seria a porção geográfica dominante nesta equipe? Vejamos:
 
Rio de Janeiro: 4 integrantes
São Paulo: 3 integrantes
Paraná: 3 integrantes
Rio Grande do Sul: 1 integrante
Rio Grande do Norte: 1 integrante
 
 

EQUIPE: MAX MINIS
JURADA: LEILA MÍCCOLIS
 
            E na equipe da única jurada do concurso, será que as mulheres também são maioria? Que nada: ocorre o contrário! Aqui, temos oito homens e quatro mulheres.
 
            E qual porção geográfica seria dominante nesta equipe? Vejamos:
 
São Paulo: 5 integrantes
Bahia: 2 integrantes
Paraíba: 1 integrante
Distrito Federal: 1 integrante
Goiás: 1 integrante
Minas Gerais: 1 integrante
Japão: 1 integrante


 
EQUIPE: OS CONTIDOS
JURADO: MARCOS PASCHE
 
            Mas o que aconteceu com o Marcos? Montou praticamente um esquadrão literário masculino! Só duas moças circulam pelas bandas dos “Contidos”. Será que elas dão conta de todos esses marmanjos?
 
            E como ficou a divisão geográfica na equipe de Pasche? Vejamos:
 
Rio de Janeiro: 4
Paraná: 2
São Paulo: 1
Goiás: 1
Ceará: 1
Minas Gerais: 1
Tocantins: 1
Distrito Federal: 1
 


EQUIPE: RAPIDINHOS
JURADO: ANDRÉ SANT’ANNA
 
            É, mulherada, também não foi a vez de vocês na equipe do nosso amigo André Sant’anna. Dos doze, apenas três moças dão o ar da graça por aqui. Nove homens contra três mulheres! Pode isso, Arnaldo, ops, André?
 
E qual território está melhor representado na equipe de André Sant’Anna?
 
São Paulo: 4
Minas Gerais: 2
Rio Grande do Sul: 2
Portugal: 1
Rio de Janeiro: 1
Bahia: 1
Distrito Federal: 1
 
 
 
TOTAL DA DIVISÃO GEOGRÁFICA (SEGUNDA FASE):
 
São Paulo – 13
Rio de Janeiro – 09
Paraná – 05
Minas Gerais - 04
Bahia – 03
Rio Grande do Sul – 03
Distrito Federal – 03
Goiás – 02
Tocantins – 01
Rio Grande do Norte -01
Paraíba – 01
Ceará - 01
Portugal – 01
Japão – 01
 
 
            Chega de conversa e vamos ao que interessa: os minicontos! Todos os textos serão apresentados por equipe. Leiam, analisem e apostem! Quem serão os 5 classificados de cada equipe?
 
                                               APOSTA DA SEMANA
 
            Quer concorrer ao livro “POESIA É ISSO”, de Lohan Lage Pignone? 




Faça sua aposta nos COMENTÁRIOS DESTE POST LOGADO COM A SUA CONTA! Basta você escrever os 05 PSEUDÔNIMOS de cada equipe os quais você acredita que AVANÇARÃO para a próxima fase. Na quinta-feira, após a divulgação dos resultados, faremos a divulgação do vencedor. Aquele que obtiver o maior número de acertos, na soma de todas as equipes, receberá em casa o livro “POESIA É ISSO”, de Lohan Lage Pignone. Em caso de empate, o critério de desempate será aquele que tiver acertado mais a classificação da Equipe "Rapidinhos", de André Sant'Anna.
            As apostas poderão ser feitas até quinta-feira, às 18 horas. Lembrem-se: não serão aceitas as apostas de anônimos, nomes, url. Somente aqueles que comentarem LOGADO EM SUA CONTA DO GOOGLE.
            Ah! E os autores concorrentes também estão liberados para participarem, desde que não se identifiquem pelo pseudônimo, nem deixem vestígios de sua real identidade no concurso.
            Boa leitura a todos!

 
MINICONTOS DA SEGUNDA FASE
 

EQUIPE “RAPIDINHOS”,
DE ANDRÉ SANT’ANNA
 
 
  
Pseudônimo: Tonico Vieira
Título: Penetra
 
Um ladrão invadiu uma festa à fantasia, disfarçado de ladrão: meia-calça na cabeça, revólver de brinquedo na cintura. Quando anunciou o assalto, ninguém achou graça.
 
 
Título: Simbiose
Pseudônimo: z
 
Omar vê e se apressa para entrar.
O mar vê a presa entrar.
No horizonte, ariscos, movem-se barcos.
Canto de sereia atrai Omar.
Omar nada, nada. A mãe espera.
A onda anda a onda anda a onda anda a onda anda.* (Encanto do ser. Trai, o mar.)
Ao longe, riscos de carvão: corpos ao sol, bandeiras no cais.
A onda anda a onda anda a onda anda a onda anda.* Onde?
Nada de Omar.
A mãe se desespera. Grita: “Omar!”. Implora: “Ô, Mar!”. Nada, nada. “Salvem!”
Sal vem na garganta (dele), nos olhos (dela).
 
Braços fortes na luta de iguais.
O abraço forte na luta desigual.
 
Na praia, a mãe caída: “Ah, Deus...”
Na água, a mão erguida: adeus.
 
Omar agora é o mar.
 
___________________
(*Verso do poema “A onda”, de Manuel Bandeira.)
 
 
Pseudônimo: Flora Medeiros
Título: Cicatriz
 
Eu odiava o barulho da porta do meu quarto fechando. Sempre na mesma hora. Depois da escola, com a luz apagada, a casa vazia. Só que naquele dia foi diferente. Meu pai tirou a calça e me mandou deitar.
— Fica quietinha, filha, fica. Não vai doer nada.
O lençol ficou todo sujo de sangue. Eu pus de molho na cândida, mas a mancha não saiu.
 
Pseudônimo: Heinrich Sprenger
Título: A noiva
 
Olhou-se no espelho: o cabelo solto, a maquiagem impecável, o vestido branquíssimo... Enfim, o grande dia chegara! Do parapeito da janela lançou-se nos braços do seu único amor, sua paixão incontrolável: a morte.
 
Pseudônimo: Mutante
Título: O último a saber
 
Parecia ser a sua sina eterna. Novamente foi o último a saber. Ao entrar perambulando no bar, onde alguns entristecidos amigos saciavam a sede, soltou um grito ao perceber que só faltava a sua sombra na parede.
 
Pseudônimo: Zero Notável
Título: Melancolia etérea
 
            O frio me pediu um casaco emprestado. Sua solidão estava de gelar a alma!
 
Pseudônimo: Ethexse /esxethE
Título: Ela é difícil
 
            “Seja discreta, minha filha, que o olhar das pessoas, mistura de crítica e cobiça, vai chegar por seu corpo e corroer a sua mente”, ela dizia.
Em sua impenetrável discrição, estupraram-lhe a cabeça.
 
Pseudônimo: Draco Luugriess
Título: A Mão Direita
 
Passara boa parte do dia anterior e da madrugada com os olhos grudados sobre a mão direita. Sabia que ali estava o perigo e por isso isolara-a sobre uma mesa de madeira, sem objeto algum por perto. Tivera vontade de algemá-la, mas para isso precisaria sair de casa. Não confiava mais nela a esse ponto, então apenas a amarrou a uma das pernas da mesa, como pôde, com o fio do telefone. Sentia a circulação a apertar-lhe o pulso, mas não importava. Já não era mais a sua mão a sofrer as consequências. Era outra coisa ali no final do seu braço direito. Lutou contra o sono por um bom tempo, inclusive estapeando-se com a mão esquerda, a que ainda lhe tinha a confiança. Infelizmente, após tanto piscar, encostou a cabeça na borda da mesa. Três dias depois foi encontrado pelos vizinhos, amarrado no pé da mesa, estrangulado.
 
Pseudônimo: Rosa Blanca
Título: O novato
 
O revólver treme. Disseram que seria “molezinha”: Assim que avistasse a arma, a vítima ficaria paralisada. Era pegar o butim e fugir. Mas aquela mulher não age conforme o combinado. Encara seu possível algoz, a desaforada, como quem contempla um nada.   
Precisa improvisar. Empurra a desconhecida para o banco do carona. A mulher continua com aquele olhar resignado. Se ao menos a arma fosse de verdade... Pensa em abandonar a presa, ir para casa e tentar de novo outro dia.
Um movimento repentino denuncia um revólver prateado.  Com o mesmo olhar, sem brilho e sem medo, ela atira três vezes.
 
Pseudônimo: Z
Título: Lívia
 
– Breno? – Ela chamava, sorrindo escuro, olhos alvi-fagulhantes.
            A lua debruçava-se pela janela, cobria Lívia com véu transluzente, pálida. As costas e a anca curvas, num serpentear lânguido, abrasando os seios em minha pele, mergulhada na escuridão do meu corpo. 
  – Breno? – Chamava sorrindo, lábios gris-cintilantes, olhos noturnos.            
Amor luarado, tez lívida. Meus dedos escorriam pela luz, pelas costas, pela anca, até o escuro, constritos. Uma brisa abria a sua boca e ela se arrepiava. Aguada, afogava-me, inundando meus lábios.  Com novos ares a me encher, despertei como se sufocasse, desesperado por ar. Meus dedos se fecharam, agarrando um tecido úmido, e ouvi o estalar sufocado da água contra o piso. Levei a mão à vista e o que havia era uma pequena calcinha voluptuosamente perfumada.
 
Pseudônimo: Portuga 5
Título: Crise de meia-idade
 
Aborrecido com a vida, Onanágoras, um grego de meia-idade, do século V a.C., dirigiu-se a Delfos, para consultar a sacerdotisa sobre a solução para a sua tristeza. Lá chegado, purificou-se, ofereceu um saco de figos e um pote de mel à divindade, inquirindo:
– Ó, brilhante Apolo, há trinta anos que vivo só, mas feliz, num monte pedregoso batido pelo vento. Ultimamente, porém, tenho sentido apelos perturbadores. Apetece-me mudar, conhecer mundo, variar. O que hei de fazer?
A Pitonisa aspirou as exalações proféticas do abismo, entrou em transe frenético e, depois de revirar os olhos, sibilou:
– Toma para ti uma concubina!
Onanágoras, subestimando a sabedoria do oráculo, estranhou:
– Como?,se nem sequer tenho mulher!
A profetiza, porém, fazendo jus à sua sagacidade, pormenorizou:
– Toma como concubina a tua mão esquerda!
Onanágoras agradeceu o conselho, voltou para o seu monte pedregoso e viveu feliz por mais vinte anos.
 
Título: Flores
Pseudônimo: Ramon Rufo
 
Era piloto de caça. Cortava os céus a mais de dois mil pés. Foi encontrado
em casa, com os pés a dois metros do chão.
 

EQUIPE “OS CONTIDOS”,
DE MARCOS PASCHE
 

Pseudônimo: Luana Noslen
Título: Estante
 
Os livros estão ali, como de costume, tranquilos, em compasso de espera. As traças e cupins não têm tempo a perder.  Elas os devoram e nada podem falar sobre eles.
 
Pseudônimo: Anima Brevis
Título: Feriado
 
Sete de setembro. Aquartelados no morro, soldados sem farda traficam por independência ou morte. 
 
Pseudônimo: Razec
Título: História de família
 
Quando fulaninho nasceu, papai e mamãe, felizes, choraram emocionados. Quando o velho fulano morreu, seus tristes filhos sorriram aliviados.
 
Pseudônimo: Avril
Título: Reminiscências
 
A avó recorda travessuras da infância. Na memória, tudo cristalino; na pele, marcas enrugadas contrapondo-se ao brilho do sequioso olhar dos netinhos.
 
Pseudônimo: Poetastro
Título: Brinquedo Perigoso
 
Por um triz, em vez de sexo, quase fez amor.
 
Pseudônimo: Gonzo Kastrowiski
Título: Ironia Fina 
 
Foi ali morrer. Não voltou mais.
 
Pseudônimo: Castel
Título: O Abraço
 
Desconheciam-se até aquele dia. E, no entanto, quando os bombeiros finalmente abriram a porta do elevador acidentado, encontravam-se agarrados num fraternal abraço retorcido de seus corpos ensanguentados.
 
Pseudônimo: Felipe Nostradamus
Título: Literalmente
 
Pai, trabalho, "Não tenho tempo", sentido figurado. Filho, adolescência, "Não tenho tempo", sentido figurado. Uma cova, um enterro, nenhuma palavra.
 
Pseudônimo: Maximiliano Burges
Título: Gislaine
 
Mulher como Gislaine não havia por aquelas bandas. Era mulher da vida, nos vestidinhos apertados que quase não escondiam suas vergonhas. Mas vergonha era coisa que a moça não tinha, nem os dentes da frente. Isso a fizera deslanchar nos negócios. Quando chegava cliente novo na casa da Madame Rosa, já iam pedindo a Gislaine boquinha de algodão e ela vinha toda risonha, com a mão tapando a boca, rebolando as ancas.
Talvez fosse seu jeitinho de falar cuatorze em vez de quatorze, ou como, carinhosa, chamava todos de benzinho; fato é que Gislaine sempre ganhava uma gorjeta generosa e assim fazia seu pé de meia. Para colocar os dentes, ela dizia.
Gislaine era mulher faceira e, pensando bem, achou melhor continuar banguela, sua fonte de lucro. Comprou carro do ano e dirigia rindo e tapando a boca, enquanto seu cabelo pixaim mal se movia com o vento.
 
Pseudônimo: Rerman Resto
Título: Minha mãe chora
 
A mãe está aflita. Vamos mudar outra vez. Preparem a fuga! – tagarela na minha cabeça. Longos pedaços do cabelo de mamãe caem no chão, o tingem de cor da noite. Ela chora. O meu vira um bodinho, detesto. O da mana ganha uma franja torta. O pai perde a barba e o bigode. Ele ganha um chapéu de fazendeiro, uma cara assustada e olhos que piscam sem parar.
A ele que os militares querem. Vivo ou morto, disse na nossa frente aquele que avisou. Antes de partirmos, queima papéis no fundo do quintal.
Guaíra parece tão longe, o Paraguai também. Os astronautas vão descer na Lua amanhã. O jipe corre muito pela estrada poeirenta, dentro dessa madrugada que nunca amanhece.
 

Pseudônimo: Autor Desconhecido
Título: A Lâmina e a Paz
 
Será que havia cometido um erro banal? Ora, um corte vertical não faria sentido. Ou faria? Suspirou: deveria ter pesquisado na internet! Do lado de fora do quarto, o silêncio foi preenchido por um tom de desespero que lhe era profundamente familiar. Enquanto a voz calma e conciliadora da enfermeira ia diminuindo ao fundo e ele já não podia mais ouvir as advertências de praxe sobre a condição emocional do paciente, percebeu-se subitamente consumido por uma sensação de paz, que não se lembrava de alguma vez ter experimentado. Talvez a origem de seus problemas fosse, afinal, o excesso de sangue.
 
Pseudônimo: Ghost Writer
Título: Tautologia
 
Inesperadamente, não se sabe de onde, surgiu um homem com uma borracha até certo ponto comum e apagou todas as palavras do mundo. Insatisfeito, entrou nas mentes de toda a gente e de lá arrancou todas as palavras. Finalmente partiu para não se sabe onde levando-as consigo.
Com muito custo, algum tempo depois, algumas pessoas começaram a se lembrar de alguns vocábulos, porém, por mais que se esforçassem, não conseguiam se lembrar de seus significados. Logo, o que era até então conhecido como árvore passou a ser chamado de terra, a terra agora era rio, o rio, nuvem. Talvez o mais inusitado tenha acontecido com o amor que virou ódio. Não era raro ouvir dos casais apaixonados a insólita declaração “eu te odeio”, dita com extrema delicadeza e sinceridade que fazia apetecer qualquer coração.
No mais, tudo ficou como era antes, mesmo não sendo.
 
 
EQUIPE “MAX MINIS”,
DE LEILA MÍCCOLIS
 
 
*Pseudônimo: Maria Cecília
Título: Retrato rasgado
 
Foi no carnaval que minha mãe conheceu meu pai. No clube Fantoches, ela vestida de havaiana. Anos depois, fingindo não ver a beleza dos dois, ela rasgou ao meio as fotos do casamento.
Restou uma foto inteira, uma filha, um filho e uma neta para contar esta história de amor.
 
*Esta autora, Maria Cecília, está substituindo o autor Sr. B., do miniconto “Crescer”, devido à desistência deste último.
 
Pseudônimo: Teobaldo
Título: Sem Apetite
 
Jejuou por 40 dias e 40 noites. Depois teve fome.
Entretanto, tamanha era sua fraqueza, que não pôde alcançar o prato.
 
Pseudônimo: Magritte
Título: Piu
 
Era um passarinho mudo
que voava em libras.
 
Pseudônimo: Ana Lina
Título: Macramê
 
Continuava sentada naquela cadeira completamente muda. Muda a cadeira. Muda ela também, rangendo todo aquele silêncio como o seu sapato amarelo apertado.
A cadeira, amiga há anos, fora da avó, depois de sua mãe e agora dela passaria para quem?
Há anos ela vivia sozinha. 
Ali, sob os olhos daquela noite de azul em festa, sentada na calçada daquela rua torta e ladeira preguiçosa, debaixo de um poste de luz que poderia se passar facilmente por uma lua para qualquer coração distraído, ela e a cadeira eram surpreendidas pelo tamanho do mundo. Várias pequenas casas ainda não adormecidas; nuvens correndo lentas; folhas suicidas dançando do alto das copas das árvores e gargalhando nos vidros das janelas, nos contornos côncavos do telhado... Uma matilha de vaga-lumes sonâmbulos abanando luz junto aos braços do vento...
Sabia todo o tempo solto dentro dela...
Sabia a cadeira solta no mundo.
 
 
Pseudônimo: Mignone
Título: Uma mulher de respeito
 
     
O tom sépia da blusa mil vezes lavada parece ressaltar de um álbum fotográfico antigo. Sobrancelhas pintadas, cabelos escorridos, mãos de dona-de-casa.
            A fala é de quem briga com o mundo. Um porco-espinho inabordável: queixas de  vazio, de um ralo por onde tudo escoa infinitamente, inexoravelmente.   Quando a tristeza supera a raiva, consegue despertar alguma empatia. Então, conta e reconta histórias de sua vida, repassando a infelicidade como as contas de um terço - só mistérios dolorosos.  
     Quando jovem, foi cantora de bordel.
     Casou-se, abandonou a carreira.
 
 
Pseudônimo: Tico-Tico
Título: Certa vez avó Maria no supermercado
 
-Mas a senhora quer tomates para que, exatamente?
-Política.
 
 
Título: Não Espere Pelo Fim
Pseudônimo: Sebastião Jones
 
      Foi com palavras aprazíveis e um ingênuo sorriso que o homem de rosto enrugado e cabelos acinzentados dirigiu-se à sua ranzinza colega de abrigo:
      – A vida não acabou. Não é chegada a hora de postar-se diante do túmulo como se a morte estivesse à espreita. É tempo de se renovar, tomar novas escolhas e trilhar por novos caminhos. Alimente os sonhos! Seja jovem novamente!
      Tão rápido, naquele dia, nasceu uma inesperada paixão entre os dois. Aquele carinho que Emanuel sempre sentira por Maria das Dores enfim foi retribuído.
      Quem disse que os velhos não podem se apaixonar?
      Maldito preconceito que cria raízes profundas, inclusive na alma dos segregados!
      E, assim, tão logo o tempo passou. Anos de risos fáceis.
     No entanto, não foi com lágrimas de arrependimento que Maria fitou o epitáfio de Emanuel, mas sim com olhos aquosos de saudade e uma profunda paz em seu coração renovado.
 
Pseudônimo: Juliano Monterroso
Título: O Ferroviário
 
No dia em que o álcool e as mãos trêmulas o impediram de manobrar um trem, deitou-se sobre os trilhos.
 
Pseudônimo: Machado
Título: O Espelho
 
No vidro estilhaçado, agoniza o alferes. Com esmero, Jacobina lustra sua carabina nova. Sentia-se feliz por possuir apenas uma alma.
 
 
Pseudônimo: Aristófanes
Título: E a vaidade saiu pela culatra
 
Era uma vez uma Rapunzel sem cabelos. Precisou manter seus luxos. Tempos desesperados exigem medidas desesperadas!
 
Pseudônimo: Helena
Título: O homem nu
 
Já era um homem de cabelos grisalhos, e por muitos anos fez terapia freudiana. 
Numa madrugada fria, circulando de taxi pela cidade grande, em noite triste, descobriu-se ainda sem documento, sem dinheiro... Esem mais nada. Quis descer do táxi, ofereceu ao motorista seu paletó de veludo como pagamento. O taxista não aceitou e, como se estivesse entendendo a dor do passageiro, ou talvez por um ato paterno e humano, levou-o até o destino pedido.
Pelo retrovisor do carro, o taxista viu aquele homem se colocar completamente nu, bater à porta da casa, e a mãe levá-lo pela mão e lentamente fechar a porta.
Esperou... Esperou... Ninguém pediu ajuda. E foi embora levando a imagem de dor daquela noite.
Sr.! Sr.!  Por favor, volte, deixe-me contar o que não pôde ver: - a mãe vestiu o pijama no filho, cantou-lhe uma canção... E ele serenamente dormiu.
Mas não acordou.
 
Pseudônimo: Hitchcock
Título: Na calada da noite
 
 
Só me dei conta quando eu estava voltando para o hotel, exausto, de cara e sozinho, que nem toda noite é noitada.

 
EQUIPE “INSÓLITOS”,
DE PAULO FODRA
 
 
*Pseudônimo: Hydra de Lerna
Título: Fuga
 
Sempre que sonhava com cobras constritoras bastava um salto, preciso, para escapar. 
Foi a mãe que o encontrou enforcado junto à cama.
 
*Este autor, Hydra de Lerna, está substituindo o autor LF MG, do miniconto “Fim”, devido à desistência deste último.
 
Pseudônimo: Nana Rodrigues
Título: Aluga-se
 
Não tinham quase nada. O amor era moeda de troca diária. Nas praças se amavam, meio sem jeito, meio sem graça. Resolveu dar casa, comida e roupa lavada. Foram ver os apês. Tudo tão caro! Na noite quase insone que se seguiu, ele teve um sonho esclarecedor. No dia seguinte na porta dela. Chave na mão e sorriso na cara. E, na sala pelada, resolveram seus pecados. 
 
Pseudônimo: Larissa Cavalcante
Título: Novidades
 
D. Laurinda engoliu todas as lágrimas do mundo ao pegar o resultado do exame. Culpou-se, xingou-se, estapeou-se na cara. À filha só disse que um filho vale todas as desilusões do mundo, e que o erro era seu por não tê-la alertado sobre a safadeza masculina de forma mais clara. Resignou-se. Sequer cogitaram frustrar aquela barriga. Afinal, as grandes novidades acontecem dentro da gente.
 
 
Pseudônimo: Regis Guerra
Título: A Sanfona
 
O menino ganhou uma sanfona, presente de seu pai. Um dia, ele esqueceu o objeto, tão querido, no quintal. Pela manhã, o instrumento coberto pela geada – velado e gelado. Fole e gelo comungaram, sim-fonia e não-fonia mesclaram-se. Depois disso, a voz do instrumento ficou mais triste e cortante. O fôlego do fole parecia ser capaz de fazer o minuano soprar mesmo fora de época. Já não era mais sanfona, pois perdeu o que tinha de sã nas núpcias entre som e clima.
 
Pseudônimo: Bárbara Mott
Título: Casamento
 
Pão com manteiga, café e suco de laranja, pontualmente, às sete da manhã, há mais de quinze anos. Beijo na testa antes de sair, telefonema da filha depois da novela e meia garrafa de vinho às sextas-feiras. Autômatos, mas satisfeitos: “não temos do que reclamar”. As meias eram organizadas por cor.
Eis que de vez em quando o espelho da sala capturava o olhar contrariado de um dos dois.
- Você não era assim antes.
Uma pausa, e o reflexo distorcido devolvia a acusação.
Mas era muito rápido; logo o pé pisava o chão novamente, mergulhando no ano seguinte.
Pão com manteiga, café e suco de laranja, pontualmente, às sete da manhã, há mais de dezesseis anos.
 
Pseudônimo: Névio Burgos
Título: Nem tudo o que parece...
 
Ele a beijou com volúpia e imaginava o que viria. Ela já sabia, pois um dia já foi Paulo, codinome Sofia.
 
Pseudônimo: Pressuposto Epistemológico
Título: Vigília
 
O papel de parede era trocado a cada faixa etária. O elefante da infância dera lugar ao futebol,  aos campeões do boxe, substituídos agora pelos  invictos do UFC.
O uniforme da escola pendia do cabide atrás da porta. Tênis e meias ainda aguardavam, a postos.
Ao lado da cama, uma poltrona  e um livro.
Entrou no quarto, acendeu a luminária. Ajeitou a pequena urna de mogno sobre o lençol e puxou o cobertor até aninhá-la e cercá-la de calor. Retirou a tampa, sentou-se e suspirou antes de começar ler:
− Ficarei aqui até vê-lo dormir, meu filho.
 
Pseudônimo: Quartzo Rosa
Título: Infância perdida
 
Sua vidinha era fácil não! Enquanto outras da sua idade faziam tarefas escolares, passeavam no shopping, desfilavam mochilas da Barbie, brincavam no parque e dormiam cedo, ela brincava na rua, altas horas, com seu uniforme diário: microssainha, meia-calça furada,  saltos altos carcomidos... E a bolsinha vermelha.
Fora engolida pela boca escancarada do sistema.
 
 
Pseudônimo: Finado Severino
Título: Intragável
 
Ele abriu o novo tablete e colocou sobre os restos da manteiga velha que resistiam no fundo da manteigueira, já arados pela faca de serra. Sabe-se lá há quanto tempo vinha fazendo isso.
Ela tentou comer, mas deixou a torrada no prato e o afastou sutilmente em direção ao centro da mesa. Tentou distrair-se lendo o jornal, mas ao tentar virar as páginas sentia como se estivesse com as pontas dos dedos oleosas, rançosas.
Quando ele levantou, já atrasado, e tentou beijá-la, o afastamento brusco, com o rosto virado para o lado, foi inevitável. O casamento acabou, de fato, naquele instante.
 
 
Pseudônimo: Amélia Ben
Título: Quando o atalho não é o melhor caminho
 
Existe a possibilidade de caírem juntos. São cúmplices na entrega, mesmo que não saibam. Vizinhos naquela rua em que a morte visita. Um de frente ao outro. Ela seca as esperanças e o corpo num jogo de bingo, Laura. Ele, Antônio, incha seu dia e seu sangue sentado na mureta a perder-se em horizontes vazios. Ambos abandonados pelos parentes e pela vida. Os dela morreram sem esperá-la; os deleesperam pela sua morte. À iminência do esperado, mudo meu percurso, mesmo implicando em uma caminhada maior.           
 
Pseudônimo: Lenore Raven
Título: Latrocínio
O medo, o terror do cidadão vazava em seus olhos fundos em agonia enquanto as notas de valores baixos voavam espalhando-se pela calçada suja, úmida e fétida. Sozinho, apesar de tanta gente, o homem sentia frio, o líquido denso e vermelho intenso escorria entre seus dedos e manchava o asfalto bruto... Talvez tudo isso seja culpa dos buracos abertos nos sólidos muros da sociedade...
 
Pseudônimo: Alice Melo
Título: Livre
 
E, ao se arrepender, ligou. Pediu, chorou, implorou. 
Em nada resultou. 
Esperou. Insistiu. Clamou. 
Não obtendo outro efeito, senão o descaso de quem outrora lhe fora de tamanho aconchego, desistiu. 
Hesitou. 
Decidiu. 
Rasgou o peito e arrancou dali a parte que lhe agoniava. Enfim, estava livre.
 
 
^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^
 
           
            E então? Quem vai levar a melhor?
            Façam suas apostas!
 
            AUTORES S/A: UMA SOCIEDADE DIFERENTE
 
            PATROCÍNIO: EDITORA PENALUX (SELO MICROLUX)
 
 

22 comentários:

Nossa MUitos microcontos ótimos pena que todos nao podem ganhar :D

Em seguimento a minha aposta:

"Rapidinhos"

Flores + Mutante + Heinrich Sprenger + Flora Medeiros + Tonico Vieira.

"Os Contidos"

Felipe Nostradamus + Castel + Gonzo Kastrowiski + Poetastro + Anima Brevis.

"Max Minis"

Helena + Tico-tico + Teobaldo + Juliano Monterroso + Machado.

"Insólitos"

Névio Burgos + Hydra de Lerna + Regis Guerra + Pressuposto Epistemológico + Alice Melo.

Boa Sorte a Todos!

Paulo Acácio Ramos

Acho que essa página está meio escondida...

Enfim, meus votos, esperando não ter sido tão injusto:
Rapidinhos: z, Portuga 5, Draco Luugriess, Flora Medeiros, Z.
Os Contidos: Luana Noslen, Autor Desconhecido, Maximiliano Burges, Ghost Writer, Felipe Nostradamus
Max Minis: Maria Cecília, Ana Lina, Sebastião Jones, Machado, Mignone
Insólitos: Larissa Cavalcante, Bárbara Mott, Alice Melo, Pressuposto Epistemólogico, Lenore Raven

E o resultado desta etapa, sai quando?

Resultado sairá na quinta, à noite.

Quando saberemos o resultado da segunda fase?

Não concordo com esta segunda etapa de qualificação. Simplesmente abriram mão dos critérios utilizados por cada um dos juízes, passando a responsabilidade para os próprios autores e demais usuários, que certamente colocarão os seus entre os melhores e/ou utilizarão critérios completamente diferentes dos adotados até então. Talvez fosse mais justo se os juízes se alternassem, criando assim um critério novo, porém homogêneo, de escolha.

RAPIDINHOS
Tonico Vieira
Flora Medeiros
Heinrich Sprenger
Mutante
Ramon Rufo

OS CONTIDOS
Luana Noslen
Poetastro
Castel
Maximiliano Burges
Ghost Writer

MAX MINIS
Teobaldo
Magritte
Tico-Tico
Juliano Monterroso
Helena

INSÓLITOS
Hydra de Lerna
Barbara Mott
Pressuposto Epistemológico
Finado Severino
Névio Burgos

Não Me Faz Pensar (!), acho que vc está fazendo jus ao seu pseudônimo...

Boa tarde!

Caro "Não me faz pensar": as apostas não fazem parte do critério de classificação. São apenas apostas entre os usuários/leitores, para concorrerem a um livro.

Hoje, serão divulgados os classificados - de acordo com OS JURADOS, obviamente.

Continue nos acompanhando.
AUTORES S/A

Rapidinhos: Tonico, Flora Medeiros, Heinrich, Mutante, Ramon

Os Contidos: Luana Noslen, Autor Desconhecido, Maximiliano Burges, Poetastro, Felipe Nostradamus

Max Minis: Tico-Tico, Ana Lina, Sebastião Jones, Machado, Mignone

Insólitos: Hydra de Lerna, Bárbara Mott, Alice Melo, Pressuposto Epistemólogico, Lenore Raven

Meu palpite:
Rapidinhos: Tonico Vieira, Mutante, Etherxse, Rosa Blanca, Ramon Rufo.
Contidos: Anima Brevis, Poetastro, Castel, Maximiliano B., Rerman Resto.
Max Minis: Maria Cecília, Ana Lima, Mignone, Juliano M., Aristófanes.
Insólitos: Nana R., Larissa C. Barbara Mott, Nevio B., Finado Severino.

Que enrolação, credo. Deem logo o resultado da Segunda Fase...

Que horas sairá mesmo o resultado?

Cartão vermelho para a organização do concurso! O resultado da 2ª fase não era pra sair na quinta à noite? Prazos são para ser cumpridos. Se um autor não envia um texto até a data estipulada fica automaticamente de fora, e o concurso que não publica o resultado na data prometida? Que credibilidade deve ter?

Gente, e os resultados da segunda fase? E as regras para a terceira? O que está acontecendo? Nenhum comunicado, ao menos?!

Um concursinho mixo desse e ainda ficam enrolando...

Na página inicial, eles escreveram:

"Caros leitores,

Por motivo de manutenção da internet local, a publicação dos resultados sairá somente hoje (10/05), à tarde.
Desde já pedimos desculpas pelos transtornos e imapciência causados."

Ei, pessoal, acho que as reacoes estao um pouquinho exageradas, nao? ;)

Manutenção na internet é história para inglês ver. Aposto que algum jurado não selecionou os textos e ocasionou esse transtorno. Neste caso, a culpa não é da organização, pelo menos diretamente não. Indiretamente, sim, afinal de contas são eles quem convidaram os jurados.

Peço desculpas se compreendi mal. Realmente, em momento algum vocês disseram que as opiniões nos comentários funcionariam como votos classificatórios.

Caro anônimo (anterior),

Posso afirmar que não. Se acredita em nosso posicionamento ou não, não podemos fazer absolutamente nada. Afinal, nem sabemos qual a sua identidade, certo? Ao menos tem alguém aqui (do lado de cá) que está disposto a dar cara a tapa. Falhas acontecem, eu, como organizador do concurso, não teria problema algum em admitir isso. Infelizmente, neste caso, foi um motivo de força maior. Os jurados são pessoas extremamente responsáveis, as quais se dispuseram a contribuir voluntariamente com o certame - e elas têm feito isso de maneira magistral - e nunca deixaram de cumprir um prazo sequer para com o certame.

E às demais críticas ao concurso: para quem acha 'micho', chato, etecetera e tal, por favor, existem milhares de outros blogs e concursos para acompanharem. Concursos melhores, quem sabe. Por que não tentam acompanhar o Jabuti? Por que não tentam acompanhar o posicionamento dos jurados, quase em tempo real, pelo Portugal Telecom? Se não estão prontos para encararem a leitura e a dinâmica de um concurso diferenciado, por favor... Existem outras hospedagens virtuais...

Grato,
Lohan.

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