20 AUTORES...
4 JURADOS OFICIAIS...
E AINDA TEREMOS JURADOS
CONVIDADOS...
AGORA,
SEMANALMENTE, TEREMOS 01 ELIMINADO
EM
CADA EQUIPE.
QUEM
IRÁ ATÉ O FINAL?
APRESENTAMOS:
A TERCEIRA FASE DO I CONCURSO DE MINICONTOS AUTORES S/A
Chegamos a mais uma etapa importante do
concurso. São cinco autores em cada equipe. A cada semana, um autor de cada
equipe terá que se despedir do concurso, até restarem dois de cada equipe –
para a Grande Final.
Todos os minicontos que serão lidos,
abaixo, passarão pelo crivo de jurados convidados, os quais aplicarão notas. Os
jurados oficiais comentarão todos os textos, “guiando” seus pupilos. No fim de
cada etapa, os dois menos pontuados ficarão ameaçados de sair. O jurado oficial
que decidirá quem dará adeus ao concurso.
NOTA
Infelizmente,
tivemos, dessa vez, uma nova desistência e um descumprimento do regulamento. Ou
seja: dois autores foram desclassificados e substituídos na competição. O autor
Tonico Vieira, da equipe “Rapidinhos”, de André
Sant’Anna, deixa a competição por motivos pessoais. Já o autor Felipe Nostradamus, da equipe “Os Contidos”, de Marcos
Pasche, deixa a competição por não ter cumprido o prazo estabelecido pela
organização no envio de seu miniconto. Vamos às substituições:
EQUIPE RAPIDINHOS
SAI
TONICO VIEIRA
RETORNA
PORTUGA 5
EQUIPE OS CONTIDOS
SAI
FELIPE NOSTRADAMUS
RETORNA
RERMAN RESTO
Que tal conhecermos um pouco mais dos
nossos vinte heroicos participantes? Foi solicitado a eles que elaborassem um
pequeno texto biográfico, orientando-se através de um formulário que a
organização preparou. Eles contam sobre
a vida deles, seus livros preferidos e suas expectativas em relação ao
concurso. Obviamente, eles não se identificarão! Curiosos? Leiam, abaixo:
A MINIOBIOGRAFIA DOS
MINICONTISTAS
Da Equipe “Os
Contidos”, de Marcos Pasche:
RERMAN
RESTO
Moro em Curitiba, Paraná.
Me inscrevi no concurso pela grande consideração de que tenho pelo colega
Wilson Gorj, da Penalux. Sobre o pseudônimo, estava lendo esses dias Herman
Hesse, uns depoimentos dele que me ajudaram na definição de meu papel de
escritor, então brinquei com o nome Rerman Resto. Eu leio muito. Um livro que
me impressionou foi “A Paixão Segundo G. H”. de Clarice Lispector. Estou
relendo “Os Sertões”, Euclides da Cunha, estou descobrindo muitos contos e
minicontos na narrativa das ações da guerra. Vários. Tenho dois romances
prontos, um livro de contos, dois de
minicontos, de haicais, infantis. Participo de duas antologias. Sou psicoterapeuta. Além de escrever, realizo rodas de leituras literárias e Oficinas Literárias. Minhas experiências de vida, a condição e a natureza humana me inspiram a escrita. Sobre o mais forte da competição, espero que seja aquele de melhor domínio da técnica do miniconto, elipse narrativa, p. ex. Minha meta como escritor é continuar escrevendo (tenho vários projetos em andamento) e poder publicar por uma editora com distribuição nacional. Sobre merecer vencer ou não, não entrei pensando nisso, na verdade eu pensei que se tratava de uma seleção apenas de bons contistas.
minicontos, de haicais, infantis. Participo de duas antologias. Sou psicoterapeuta. Além de escrever, realizo rodas de leituras literárias e Oficinas Literárias. Minhas experiências de vida, a condição e a natureza humana me inspiram a escrita. Sobre o mais forte da competição, espero que seja aquele de melhor domínio da técnica do miniconto, elipse narrativa, p. ex. Minha meta como escritor é continuar escrevendo (tenho vários projetos em andamento) e poder publicar por uma editora com distribuição nacional. Sobre merecer vencer ou não, não entrei pensando nisso, na verdade eu pensei que se tratava de uma seleção apenas de bons contistas.
LUANA
NOSLEN
Moro em São Paulo, São
Paulo. Sou cientista social, pesquisadora e dublê de escritor. Me inscrevi no
concurso pois concursos literários podem, em certa medida, outorgar algum
protagonismo a um dublê de escritor. No caso do pseudônimo sua escolha fora
inspirada em Suzana Flag, codinome usado por Nelson Rodrigues, uma das minhas
influências. Mas bebo de outras fontes, como notícias de jornal, Dalton
Trevisan, Thomas Bernhard e muitos outros, entre eles Dostoiéviski, meu autor
de cabeceira. Embora tenha participação em algumas antologias, como da Geração
Editorial e da SP Escola de Teatro, não tenho nenhuma grande pretensão como
escritora e ficaria lisonjeada se faturasse esse certame literário. Por fim,
avaliando os demais concorrentes do grupo “Os Contidos”, aposto minhas fichas
na pessoa do Rio de Janeiro, de pseudônimo Castel, autor do conto “O Abraço”.
CASTEL
Moro em Maricá, Rio de
Janeiro. Me inscrevi no concurso porque costumo participar de concursos
literários e, recentemente, passei a me aventuras nos minicontos. Foi a
oportunidade ideal para testá-los. Meu pseudônimo vem de “Juan Pablo Castel”,
protagonista do romance “O Túnel”, de Ernesto Sabato. Gosto do fato dele ser só
um nome próprio e não algo que aponte para um ou outro gênero. “O Apanhador no
Campo de Centeio”, de J.D. Salinger, foi um livro muito importante na minha
juventude. Um livro que terminei de ler há pouco tempo e gostei muito foi “Uma
Confraria de Tolos” de John Kennedy Toole. Nunca escrevi um livro. Já escrevi
uma quantidade de contos que poderiam ser reunidos numa publicação, mas nem acho
que eles têm qualidade para tal. Existem contos meus em nove antologias
diferentes, quase todas frutos de concursos literários. Sou Auxiliar
Administrativo. Tirando a escrita, no campo artístico, sou péssimo em tudo. A
menos que considerem comer muito uma arte. Sobre inspiração para a escrita, não
dá para ser muito específico nessa resposta. Pode ser algo muito sério e
pessoal ou uma besteira qualquer, tudo pode servir de gatilho para a escrita.
Em relação à minha equipe no concurso, até o momento gostei mais dos
contos do(a) Anima Brevis. Mas entramos numa fase em que os minicontos serão
com temas propostos pela organização e tudo fica imprevisível. Veremos quem se
adapta melhor à proposta. Minha meta como escritor: quero o Prêmio Nobel, o
Jabuti e o Camões. E quero agora! Estou brincando. Na verdade, se eu terminar
de escrever todos os episódios de uma Web Série que estou planejando publicar
em breve já está ótimo. Não sei responder se mereço ganhar. Não me acho melhor
do que ninguém. Mas espero que os jurados achem!
RAZEC
Moro no Rio de Janeiro,
Rio de Janeiro. Decidi me inscrever neste concurso meramente por exercício
literário. Escolhi este pseudônimo, pois trata-se de um anagrama pessoal. Não
tenho um livro que possa dizer ser o melhor. Atualmente, estou lendo bastante
Lima Barreto. Tenho um único livro publicado (poesia) e um inédito (prosa).
Participei de algumas, não lembro quantas exatamente. Sou professor de Língua
Portuguesa e Literatura (atualmente pós-graduando em Literatura Brasileira).
Sou músico, tendo participado de diversas bandas de heavy-metal e hard-rock na
cena underground carioca dos anos 90. O que me inspira? O trabalho do poeta
Waly Salomão é uma grande referência pessoal. Posso classificar como o mais
forte da minha equipe o autor(a) identificado como Anima Brevis, por apresentar
qualidade, maturidade e experiência. Minha meta como escritor é um próximo
volume de poesia e a publicação do livro, ainda sem título, com narrativas
inéditas. Acho um bom momento para tirar da gaveta meus textos, que, creio,
merecerem uma oportunidade de serem descobertos, pois são resultado de anos de
trabalho.
ANIMA
BREVIS
Moro no Distrito
Federal, Brasília. Me inscrevi neste concurso porque queria experimentar neste
gênero. A escolha do pseudônimo - Anima brevis -, alma breve, ou mente breve,
foi uma forma que encontrei de me referir à história de um miniconto. Breve,
mas com alma, com mente. Nossa... Livros da minha vida seria mais apropriado,
bem no plural. Mas eu tenho uma relação especial com Machado, com Drummond e
com Clarice, em mais de uma obra. Dentre os estrangeiros, criei uma ligação
especial com o livro “Como Água para Chocolate”, depois que o li em espanhol —
creio que é por isso que algumas pessoas dizem que um livro sempre perde ao ser
traduzido. Mia Couto tem me ocupado bem a leitura, também. Já escrevi dois
livros: um de contos, um de crônicas. Participo de quatro antologias: duas de
poesia, duas de contos. Trabalho com Relações Públicas, que é uma das áreas da
Comunicação (embora tenha muita gente sem a formação superior usando esse nome
quando atua como recepcionista, promotores e afins). Além de escrever, não
desenvolvo nada, nada na área artística. Gostaria de ter mais dons, mas não
tenho. Estudei sete anos de piano clássico e não toco mais nada. Só mantive o
ouvido apurado para afinações ou desafinações. Eu costumo ler textos em saraus
e sou boa de interpretação até, mas não chamo isso de "outra coisa no
campo artístico" (é que já fiz teatro e declamação, quando era adolescente,
mas não faço mais). Tudo me inspira a escrever. Gente, planta, bicho, nuvem,
lua, dor, injustiça. Qualquer coisa pode ser material pra texto. Inspiração?
Tenho. Mas acredito muito em transpiração, igualmente. Trabalho um texto, às
vezes, para que fique menor, maior, menos pesado, mais intenso, mais culto,
mais coloquial. Dos que competirão comigo, acho que o participante mais forte é
a Luana Noslen. Minha meta como escritora: ser lida por muita gente. Ganhar
reconhecimento nacional. Escrever cada vez melhor.
Todo o mundo que entra num concurso entra para competir e tentar vencer. Eu estou buscando fazer o melhor que posso. Fazendo o melhor, mereço vencer. Mas não é o que merecemos todos os que estamos tentando?
Todo o mundo que entra num concurso entra para competir e tentar vencer. Eu estou buscando fazer o melhor que posso. Fazendo o melhor, mereço vencer. Mas não é o que merecemos todos os que estamos tentando?

Da Equipe “Rapidinhos”, de André Sant’Anna:
Ethexse/esxehtE
Moro em Indaiatuba, São
Paulo. Me inscrevi no concurso porque senti vontade. A explicação do meu
pseudônimo: é uma voz de nome duplo, de verso e inverso, por influência de um
seriado que me fez começar a escrever de trás para frente como forma de
entreter outras das vozes. Ethexse/esxehtE – a grafia certa, escrevi errado ao
enviar para o concurso –, é o resultado dos cortes, como o louco tocando
flauta, prestes a cair no abismo, mas, por ser o inverso, também é quem sai do
precipício e traz o que trouxe de lá. Não tenho um livro da minha vida. O atual
livro de cabeceira é o “A Água e os Sonhos” do Gaston Bachelard. Nunca escrevi
um livro. Participo de uma antologia, resultante de uma oficina de escrita. Não
tenho profissão. Além de escrever, tento desenho. Difícil listar o que me
inspira. É meio aleatório. Dos que irão competir comigo, acho o Mutante um
candidato forte. Não tenho meta como escritora. Não me considero escritora, mas
gostaria. Daí, poderia ter a meta de ser escritora, só que não acho que
funciona assim. Sobre eu merecer vencer
o concurso, não acho isso. Tenho escrito por sentir vontade e contente por
progredir no concurso, mas sem apostar no fato de ganhar, porque tem um pessoal
que escreve muito bem por aqui.
FLORA
MEDEIROS
Moro em Atibaia, São
Paulo. Fiz minha inscrição neste concurso porque vi no concurso uma chance de
mostrar meu trabalho como minicontista. A escolha do pseudônimo não tem nenhum
motivo especial. Gosto muito do nome Flora. O sobrenome, Medeiros foi escolhido
pela sonoridade. O livro de minha vida, sem dúvidas, é “O amor nos tempos do
cólera”, de Gabriel Garcia Marquez. Atualmente, tenho dois livros de cabeceira:
a biografia de Oswald de Andrade, escrita pela professora Maria Augusta Fonseca
e “Toda poesia”, de Paulo Leminski. Escrevi apenas um livro de crítica
literária, fruto de minha pesquisa de mestrado. Participei apenas de uma
antologia, o jornal GLBTUVXZ, que reuniu contos de temática GLS. Sou professora
universitária. Também dou aulas de Literatura e Redação para o Ensino Médio.
Além de escrever, eu canto. A vida, o dia a dia me inspiram a escrever. Na
minha equipe, vejo Ramon Rufo como o candidato mais forte. Minha meta como
escritora é publicar um livro com os contos que escrevo e, futuramente, um romance
que tenho em mente. Por que devo vencer? Acho que minha principal qualidade
como minicontista é a clareza e concisão ao expressar minhas ideias. Além de
explorar os vários sentidos das palavras. Por esses motivos, mereço vencer o
concurso.
RAMON
RUFO
Moro em Riachão do
Jacuípe, Bahia. Inscrevi-me no Concurso pelo prazer do desafio e por gostar
deste gênero textual. O pseudônimo, além de ser sonoramente bonito, é uma
homenagem a dois autores: o “Ramón” de Juan Ramón Jiménez (Nobel de
literatura), e “Rufo”, de Juan Rulfo (com L). O livro da minha vida é “Todos os
Fogos o Fogo” do argentino Júlio Cortázar e o atual de cabeceira é “O longo
adeus” de Raymond Chandler, que, aliás, está comigo via empréstimo, preciso
terminá-lo o quanto antes. Já escrevi quatro livros, três publicados e um no
prelo, e participo de três antologias. Sou professor, escritor e faço vídeos de
humor nos fins de semana (em parceria), os quais são publicados num canal
específico do Youtube. A inspiração pode vir de todo lugar e de lugar nenhum.
De tudo e de nada, principalmente “do nada”. Quando inspirado, costumo escrever
sobre o cotidiano, sobre coisas que eu observo, ou finjo observar. Talvez aí
resida o grande desafio deste concurso: criar minicontos dentro de propostas
específicas. A minha meta como escritor é ser um bom escritor. Parece
simplório, mas escrever bem é uma das tarefas mais dificultosas que existe. Por
vezes, as ideias estão todas lá, nos sorrindo como uma menina na janela, e
simplesmente não tomam forma, escapam por entre os dedos. Respeito muito os adversários, acredito que
todos que chegaram até aqui tem grandes chances de vencer. Mutante, por
exemplo, é um adversário forte no meu grupo, ele/ela sabe o valor das palavras.
Contudo, venho escrevendo minicontos há quatro anos e acredito que a
experiência no gênero me dê uma leve vantagem no I Concurso de Minicontos
Autores S/A.
PORTUGA
5
Moro em Odivel,
Portugal. Concorro a quase todos os concursos literários a que seja admitido e
consiga um texto compatível. Escolhi o pseudónimo “Portuga 5” para que os
jurados suspeitem que as pequenas “irregularidades” que notem na minha escrita
se devem à minha matriz europeia. Não tenho um “livro da minha vida”, mas li há
pouco um livro muito bem construído: “O Leitor”, de Bernhard Schlink. Ando a
ler “O Animal Moribundo”, de Philip Roth. Não escrevi um romance, mas já propus
a algumas editoras uma coletânea de 24 contos meus. Contos meus integram duas
coletâneas portuguesas e três brasileiras, resultantes de concursos. Sou um
reformado, ex-técnico de imagem da estação pública de televisão portuguesa.
Além de escrever, já pintei, de forma amadora. De momento, só escrevo.
Inspiro-me a escrever porque, neste caso em específico, costumo produzir bem em
oficinas de escrita, em competição. Dos competidores da minha equipe, quem me
parece mais regular é Ethexse /esxethE. Ambiciono escrever pelo menos três
romances, de que me orgulhe. Acho que vencerei este concurso se conseguir
produzir minicontos de excelência.
MUTANTE
Moro em São Paulo, São
Paulo. Me inscrevi neste concurso pois costumo participar de alguns concursos
que têm inscrição on line. Fiquei sabendo do I Concurso de Minicontos Autores
S/A através da postagem de um amigo no Facebook e não tive dúvida, fiz minha
inscrição. Escolhi este pseudônimo porque sou fã dos Mutantes. Sobre livros,
gostei muito de “Quando Nietzsche Chorou” de Irvin D. Yalom. Atualmente leio “O
Tempo e o Vento” de Érico Veríssimo. Nunca escrevi um livro, no entanto,
participo de nove antologias, no total. Sou diagramador. No momento, em relação
à arte, só escrevo. Mas no passado, já fiz algumas letras de música. O que me
inspira a escrever é a leitura. Creio que a Flora Medeiros seja a competidora
mais forte da equipe. Minha meta como escritor é publicar o maior número
possível de textos e, assim, expor minhas ideias. Por que devo vencer o
concurso? Esta é a pergunta mais difícil. Como não conheço os minicontos dos
concorrentes, fica difícil afirmar que devo ganhar, porém, se isso acontecer,
significa que escrevi bons minicontos. Assim, estarei espalhando mais ideias
para incontáveis leitores.
Da Equipe “Max Minis”, de Leila Míccolis:
HITCHCOCK
Moro em Salvador,
Bahia. Me inscrevi neste concurso por
livre e espontânea pressão dos amigos, que achavam que seria bom pra mim. No
meio do caminho, fui surpreendido com a qualidade dos participantes e os
oportunos comentários sobre os textos, sempre animadores. Como nasceu meu
pseudônimo? Como qualquer cinéfilo que se preze, tenho Alfred Hitchcock em alta
conta. Nossa, quanto aos livros eu poderia dizer tanta coisa pra parecer que
sou mais interessante do que realmente sou, mas não poderia deixar de citar
Machado de Assim; leio “Dom Casmurro” todo ano. Agora tenho lido um pouco de
“Toda Poesia”, de Paulo Leminski, por dia, como se fosse uma prescrição médica.
Tenho dois livros publicados. Participo de duas antologias. Como
profissão, para não fugir à regra do escritor no Brasil, sou funcionário
público. No campo artístico, além de escritor, sou cineclubista e letrista de
música popular, com algumas canções gravadas por aí. O que me inspira? O
cotidiano, a coisa mesquinha de cada dia, o trivial. Tudo que aparenta ser
desinteressante. Creio que o Juliano Monterroso, da minha equipe, seja o mais
forte. Ele é do Japão, deve ter algum superpoder. O que falar sobre meta? No
Brasil, para o escritor, publicar já é uma meta. Agora só me resta ser lido.
Não acho que mereço vencer o concurso, e olhe que não estou sendo modesto.
ANA
LINA
Moro em Sobradinho, no
Distrito Federal. Decidi me inscrever neste concurso pelo desejo de
experimentar, arriscar o que penso, compartilhar a minha subjetividade,
divulgar o meu trabalho. Estar no concurso vem sendo uma oportunidade de
encontros com tantos materiais diferentes, de esbarrar o que outro pensa,
percebe, sente, olha, devolve. Acabou sendo uma divertida expectativa
acompanhar os contos que são selecionados. Um bom ciclo de inspirações! Bom ler
tanta gente! Ao escolher este pseudônimo, não julguei, nem pensei demais…
Aceitei o que veio, como uma música, ou um sopro, ou um instante que não pede
licença para existir. Não tenho um livro
da minha vida e atualmente o livro que tem se deitado comigo com mais
frequência é o “Livro do Desassossego”, Fernando Pessoa. Tenho muitas coisas escritas,
mas ainda não publiquei nenhum livro. Escrever é uma compulsão e publicar um
livro meu, conforme desejo, é uma meta. Participo de duas antologias. Sou
dramaturga, atriz, diretora, professora de teatro e cenógrafa. O que me
inspira? Todas as histórias são pessoas e todas as pessoas são histórias. E
todas elas me interessam. É o que entendo e gosto do mundo. Sobre quem é mais
forte no concurso, não sinto necessidade de mensurar isso. Gosto de todos que
tenho lido de formas diferentes. Força é força. Tenho uma infinidade de metas
como escritora, rs! Ter mais tempo para escrever. Publicar e divulgar meus
escritos... Tantos embriões de desejos... Por que devo vencer o concurso?...
Outra pergunta difícil de responder. Me faço outras: por que adoro o que escrevo?
Por que acredito no que escrevo? Por que é divertido ganhar quando se joga e se
disputa? Não sei exatamente… De tudo um pouco, mas tudo isso, em algum lugar, é
só uma rua que peguei de uma caminhada maior a ela. Sei que o que eu escrevo me
tem inteira, com o tamanho daquilo que me pede para ser escrito. Com o tamanho
da dignidade daquilo que deseja fazer história, tocar, ser o outro e existir.
SEBASTIÃO
JONES
Moro em Vianópolis,
Goiás. Quero iniciar dizendo que todos nós somos vencedores, mesmo aqueles que
não se classificaram para esta fase, pois escrever em um país como o nosso, de
pouquíssimos leitores, é uma jornada árdua. Uma viagem de sensações e emoções
promovida pelas palavras. Juntar letras em sílabas, sílabas em frases e
orações, criando assim períodos apaixonantes e parágrafos delirantes; textos
sinestésicos e dotados de fruição.
Quando decidi
participar do certame, queria – confesso – apenas ser publicado. Estar entre os
melhores para que, então, tivesse meu trabalho impresso. Hoje, contudo, percebo
que os textos vão muito além dos livros.
O pseudônimo “Sebastião
Jones” foi uma singela homenagem a dois personagens de literatura. O primeiro
criado por mim: é um paralelo ao herói que dá nome ao meu livro – lançado no
início deste ano –, o segundo foi simplesmente cópia daquele arqueólogo criado
por George Lucas e interpretado no cinema por Harrison Ford. Personagem este o
qual talvez tenha sido um dos maiores responsáveis por eu ter me tornado
professor e escritor. Afinal, desde criança queria ser como o professor Jones –
apensar de eu lecionar língua portuguesa e ser verdadeiramente apaixonado pelo
nosso rico idioma.
O livro que mais
marcou/marca minha vida, e não há como deixar de citar, é a Bíblia. Mas em
literatura – não quero entrar em discussão sobre o caráter do livro cristão –,
foi as “Aventuras de Sherlock Holmes”, de Arthur Conan Doyle; minha infância
foi recheada de mistério, suspense e investigação, graças a essa obra.
Atualmente venho estudando – e me apaixonando – pelos cânones brasileiros.
Surpreendo-me sempre com Machado de Assis e com José de Alencar.
Apesar de residir em
Vianópolis, viajo todos os dias para Anápolis, a fim de terminar meu curso
superior. Estudo Letras Português-Inglês. Sou membro, inclusive, da ULA (União
Literária Anapolina).
Além de um livro publicado, fui
recentemente selecionado por duas editoras para compor os autores que farão
parte de antologias que serão publicadas no segundo semestre deste ano.
Realmente não sei quem
vai vencer este concurso. Todos são extremamente talentosos, o que me deixa
muito feliz, pois nossa literatura é, de fato, maravilhosa.
Escrever é transmitir
para o papel todas as suas fantasias; podem ser utópicas ou não. É esboçar um
futuro melhor, mais justo, alegre, divertido. É semear o amor nos corações mais
rústicos, e cultivar a alma daqueles que, assim como nós, são seduzidos pelo
mundo das letras, pelas histórias/estórias, pelas ideias, pelos novos pontos de
vista, ou mesmo pelas velhas filosofias...
Os minicontos, apesar
de serem curtos e dinâmicos, têm a singular característica de provocar em nós
aquelas sensações diversas que só leitores assíduos compreendem e, também,
ponderações inquietantes. Essa experiência, para mim, está sendo magnífica.
JULIANO
MONTERROSO
Moro em Saitama, no
Japão. Acompanho há algum tempo o trabalho da equipe do Autores S/A, em
especial o do escritor Lohan Lage, e havia participado de um dos concursos de
Poesia por ele organizado. Quando vi que estavam abertas as inscrições para
minicontos – gênero com o qual me identifico bastante – não hesitei em
participar. Como tantos outros microcontistas, sou fã de Augusto Monterroso. E
decidi fazer um exercício lúdico em referência aos meses no primeiro nome –
para o meu pseudônimo. O livro de minha vida é todo livro que estou lendo no
momento. Mas alguns me marcaram: casos de “Dom Casmurro” (M. de Assis), “O
Cortiço” (Aluísio de Azevedo), “Cem Anos de Solidão” (G. Márquez) e “Tia Julia”
e o “Escrevinhador” (Vargas Llosa). Atualmente, meu livro de cabeceira é “A
Morte e a Morte de Quincas Berro d’ Água”, do genial Jorge Amado. Já publiquei
três livros: uma pequeníssima novela, um de crônicas e um de minicontos (este
publicado no ano passado). Já participei de cerca de trinta antologias, muitas
oriundas de concursos literários. Sou advogado por formação; e professor e
escritor, ambos pela paixão. No campo artístico, escrevo somente, mas escrevo
de tudo: roteiros de cinema (cinema, aliás, outra de minhas paixões). O que me
inspira a escrever? Tudo e todos: acredito que a vida está repleta de
inspirações – em casa, no trabalho, no cinema ou no caminho para o
supermercado... Basta termos a sensibilidade para captá-las no momento certo.
Sobre o participante mais forte em meu grupo, creio que citar um nome seria
injusto para com os demais participantes. Minha meta neste momento: passar para
a quarta etapa do Concurso Autores SA. Neste ano: publicar meu primeiro livro
de Poesia. No futuro: um livro premiado, o Jabuti, o Camões, o Nobel (ora!
deixem-me sonhar um pouco…). Por que
devo ganhar? Porque acredito que, com humildade e trabalho, podemos sempre
esperar pelo melhor. Gosto muito de um provérbio chinês, que diz: “Espere o
melhor, prepare-se para o pior e aceite o que vier.”
MIGNONE
Moro em Campinas, São
Paulo. Acho fascinante o poder que têm as palavras de expressar pensamentos,
sensações, sentimentos. Procurar a significação precisa, o exato jogo das
palavras, é um desafio que me instiga. A concisão acrescenta um grau mais nesse
desafio. Escrever um miniconto é um tremendo desafio. Meus colegas, no
colegial, brincavam sempre carinhosamente comigo por ser pequena, um tipo
“mignon”. Daí o pseudônimo Mignonne, no feminino. Só agora vi no
dicionário de Francês que é com dois “n”. Tarde demais...
Li muitos livros marcantes, em diferentes momentos de vida. Alguns de que me
lembro agora: “A fonte” (Charles Morgan), “O fio da navalha” (W. Somerset
Maugham), “Cem anos de solidão” (G. Garcia Marques), toda a série
“As brumas de Avalon” (Marion Zimmer Bradley)... O título de “livro da
minha vida” vai para “Reinações de Narizinho”, de Monteiro Lobato, por ter sido
o primeiro. Recentemente li, “Nihonjin”, do brasileiro Oscar Nakasato,
maravilhoso. Atualmente estou lendo “Amor”, de Isabel Allende.
Aos onze anos, “escrevi um livro”, manuscrito em umas dez páginas de
brochura... Inédito, claro. Tive dois contos publicados em antologias. Sou
Psicóloga, terapeuta de adultos. Quando adolescente e jovem, toquei bastante
violão, em rodinhas de amigos. Hoje, quase não faço isso.
Não penso que alguém ou algo específico me inspire a escrever. Concursos me
motivam, dão um prazo, às vezes, um tema. Minha meta como escritora é escrever
cada vez mais, e publicar.
No meu grupo, Juliano Monterroso é um concorrente forte. Mas, eu devo vencer,
porque sou boa nisso!
Da Equipe
“Insólitos”, de Paulo Fodra:
PRESSUPOSTO
EPISTEMOLÓGICO
Moro em Nova Friburgo,
Rio de Janeiro. Decidi me inscrever no concurso para me forçar a escrever e
exercitar a concisão. Escolhi este pseudônimo porque passei anos na faculdade
ouvindo uma professora falando dos tais "pressupostos
epistemológicos" da matéria que lecionava. Ficou gravado. Não tenho nenhum
livro da minha vida. Gosto de vários autores, de vários gêneros. Gosto, preferencialmente,
de Graciliano Ramos. Prefiro as narrativas curtas, cortantes, objetivas. Não
sou de floreios. Já escrevi dois livros: um lançado, outro aguardando
"laudo" de um parecerista. Participo de uma antologia de poemas.
Trabalho com tradução. Atualmente não atuo em outra área artística, mas já
trabalhei com origami e cartonagem. Parei há algum tempo. O que me inspira a
escrever? Pessoas em geral, seu comportamento e psiquismo. Sobre as pessoas que
competem comigo no concurso, não faço a menor ideia de quem possa ser o mais
forte. Somos todos bons. Minha meta como escritora é ir adiante na escrita de
contos. Sobre merecimento em vencer o concurso: não me preocupo em vencer.
Participo sem pensar nisso, meu ganho é escrever e ver o texto comentado, ver
como o leitor sente o que escrevo. Não tenho espírito competitivo, sou uma
pessoa tranquila quanto a isso.
FINADO
SEVERINO
Moro no Rio de Janeiro,
Rio de Janeiro.
Ao passar em Jordão, os
demônios me atalharam perguntando por que diabos eu escolhi este pseudônimo.
A maior parcela de culpa é do João Cabral, mas são cúmplices os tantos
Severinos, filhos de tantas Marias, mulheres de outros tantos, já
finados, Zacarias. E somos muitos Severinos, iguais em tudo e na sina, de
querer arrancar algum roçado da cinza, de tentar abrir, na realidade concreta,
uma janela para a subjetividade.
E como meta desta
jornada severina, buscamos todos a parte que nos cabe neste latifúndio: o
reconhecimento, cada qual com seu modo de interpretar a palavra.
Como tantos outros Severinos,
também já publiquei o meu primeiro livro através de uma pequena editora; e
entre tantos outros Severinos, compondo tantas antologias de concursos
literários, circulo sem grande destaque.
Resolvi percorrer este
rosário de desafios da Autores S/A com o propósito firme de exercitar
minhas ladainhas. E penso que, se entre tantos Severinos que somos,
os jurados e leitores devem escolher apenas um, que se escolha qualquer
um: ficarei feliz de todo modo, pois somos todos e somos tantos. Entre meus
colegas de grupo, agrada-me de antemão o que se intitula Regis Guerra.
Pelo que li, reli e tresli, o sujeito (ou a sujeita, sabe-se lá!) se destaca.
A mulher na janela
interrompe a conversa:
— De nada adianta escrever, se incentivo
à leitura não há; então diga-me, retirante, o que mais fazia por
lá?
— Para variar as culturas, de vez em
quando aro outras paragens e busco produzir fotografias, cenas e manchas de
tinta.
— As artes aqui não brotam, salvo se
regadas a edital; vamos então ao ponto, retirante: como é que faz para se
virar?
— Para não morrer de fome - um
pouco por dia, ocupo um cargo público.
— Nem só de pão vive o homem, carece
também de cultura; diga-me ainda, retirante, que escritores
costumam lhe agradar?
— Gosto muito de tanta coisa, há
diversas obras que fizeram e fazem parte de minha vida e sina; devo
admitir, no entanto, que estou sempre tendendo a citar os
autores latino-americanos: brasileiros, vizinhos e irmãos. A lista é
grande e não cabe aqui.
Sem mais o que
acrescentar, despeço-me e tomo meu rumo.
QUARTZO
ROSA
Moro em Caxias do Sul,
Rio Grande do Sul. Me inscrevi no concurso porque gosto de ter meus textos
lidos e avaliados, uma espécie de “teste” mesclado à desafio, confirmação.
Participo de quase todos os concursos literários em que o regulamento permite o
envio por meio de correio eletrônico, o que facilita muito para o participante.
Já conquistei dezenas de prêmios e classificações. O pseudônimo Quartzo Rosa
foi escolhido por mim, devido a minha fascinação pelas pedras brasileiras. O
Quartzo Rosa é a pedra do AMOR, a base de tudo. Se eu fosse mencionar todos os
livros que influenciaram a minha vida e me fizeram refletir e crescer eu
necessitaria de uma infinidade de laudas. Mas para responder a pergunta, vou
permanecer no lugar-comum e trazer à baila um brasileiro, Machado de Assis.
Meus livros de cabeceira, atualmente, são tantos que a pilha está
desmoronando... Entre eles, muitos dos escritores do momento atual literário.
Sou autora de dois livros publicados (e três inéditos): Os três inéditos são
dois de poemas e um de trovas literárias. Tenho participação em dezenas de
antologias, acredito que por volta de cem. Sou funcionária pública, professora
na rede municipal de ensino de Caxias do Sul, Rio Grande do Sul, há mais de
vinte anos. Sou licenciada em Letras Português e Espanhol e especialista em
Leitura e Produção Textual. Não desenvolvo outro lado artístico ainda por pura
falta de tempo. Ainda não, por pura falta de tempo. O que me inspira é a vida,
e tudo que nela está inserido. Na competição, acho que a mais forte seja Névio
Burgos, de Guaratinguetá, São Paulo. Minha meta como escritora é publicar todos
os meus livros: os que já tenho escritos, os muitos que ainda são projetos e
todos os que ainda são apenas sonhos Eu penso que chegar até essa etapa do
concurso, um certame com alto nível de participação como foi e está sendo esse,
já uma vitória. A Gran Finale eu
deixo nas sagradas mãos dos jurados. Mas uma coisa tenho de confessar: alcançar
o primeiro lugar, seria uma alegria
indescritível!
REGIS
GUERRA
Moro em Curitiba,
Paraná. Inscrevi-me nesse concurso porque costumo escrever textos breves e
achei que seria uma boa oportunidade para por a prova a qualidade do que
produzo. Escolhi este pseudônimo baseado em uma personagem que criei uma vez:
Regina Guerra. Significa rainha guerra ou rainha da guerra. Acho que é um nome
forte. Como precisava de um pseudônimo, lembrei desse nome e procurei fazer uma
versão masculina. Um livro muito importante para mim é “A educação pela pedra”,
de João Cabral de Melo Neto. É um patamar poético que invejo e trabalho para
atingir esse nível de rebuscamento na forma e no conteúdo algum dia. Acredito
que ainda estou longe. Mas, meu atual livro de cabeceira é “As cidades
invisíveis” do Italo Calvino. Já escrevi um livro de poesias, publicado este
ano. Por enquanto, é o único. No ano passado participei de uma antologia. Eu
trabalho como musicoterapeuta em uma instituição que atende crianças e
adolescentes em sofrimento psíquico. Também trabalho na encadernadora que
pertence à minha família. Estudei música por alguns anos. E comecei a escrever
para colocar letra em algumas melodias que criava. Cheguei até a compor peças
instrumentais quando estava mais envolvido com o estudo de piano erudito e, em
seguida, de violão popular. Mas a escrita tomou o lugar dessas outras práticas.
Hoje só toco por hobby. Quando criança, escrevia por brincadeira. Meu pai
corrigia os meus textos, isso despertou em mim uma autocrítica com relação à
forma. Algo que eu procuro aperfeiçoar obsessivamente – reescrevo meus textos
diversas vezes. Sou uma pessoa tímida e escrever me dá possibilidade para
tentar comunicar aos outros minhas observações sobre esse mundo. Algo que, para
mim, é mais difícil de fazer oralmente. Acho que é essa possibilidade, excluída
da interação oral e em tempo real, de trabalhar e retrabalhar o texto antes de
mostrar para alguém, que me impulsiona a continuar escrevendo. Acho que preciso
compartilhar minhas observações com as pessoas. E a escrita me permite isso.
Acredito que o candidato mais forte da equipe insólitos é o Névio Burgos. Ele
consegue produzir um texto extremamente conciso e, ainda assim, transmitir,
implicitamente, toda uma miríade de imagens. Eu tenho o objetivo de, por meio
da escrita, consolidar um público que me acompanhe, com o qual eu possa
compartilhar as minhas produções. Um público que as aprecie. Fiquei muito feliz
de estar entre os 48 escolhidos. E mais ainda de estar entre os 20. Isso já me
diz que talvez meus textos tenham algum valor. Acho que posso vencer porque
cheguei até aqui. Acho que devo, porque me dedico à escrita. Se não achasse
nada disso, me inscrever no concurso seria um ato de futilidade.
NÉVIO
BURGOS
Moro em Guaratinguetá,
São Paulo. Decidi me inscrever neste concurso pelo desafio de escrever em um
estilo em que não domino. O pseudônimo nasceu da junção de meu nome e o
sobrenome de família da minha esposa. O Livro da minha vida é "Evangelho
Segundo o Espiritismo"- Allan Kardec; e o que estou lendo, "A Casa do
Escritor" - Autora Patricia - Psicografado pela médium Vera
Lúcia Marinzeck de Carvalho. Já escrevi um livro, publicado em agosto de 2011,
e estou com outro para ser lançado, em setembro deste ano. Participo de duas
antologias Sou Fiscal Tributário Municipal. Além de escritor, sou
compositor e cantor. O autor Wilson Gorj, do qual sou fã, me inspira muito
neste estilo de mini e microcontos.
Acho que todos os
competidores deste concurso são igualmente talentosos. Minha meta como escritor
é partilhar o que absorvo das pessoas e do mundo. Já me sinto um vencedor do
concurso, independente de qual fase eu consiga chegar, pois estar entre os 20
finalistas de tantos que se inscreveram é o máximo. E tem muita gente com
grande sensibilidade e talento.
E então, o que acharam dessa turma boa? Com quem você mais se
identificou? Para quem irá torcer? Fique ligado, prepare sua torcida, pois,
você, leitor, também poderá ajudar o seu candidato preferido! Após a leitura
dos minicontos, você poderá votar, no campo dos comentários (apenas pela Conta
do Google – ou seja, anônimos não contarão) em um integrante de cada equipe, o
qual você NÃO DESEJA que seja o ELIMINADO da semana. Vote pela imunidade do seu
candidato! O candidato, de cada equipe, que tiver mais votos, receberá um bônus
de 0,5 pts. em seu somatório geral! Os votos poderão ser dados até quinta-feira, às 19 horas!
Mas lembrem-se: só logados com a Conta do Google!
Os Minicontos da Terceira Fase
Foi
proposto aos candidatos que optassem entre 4 imagens, as quais representavam
quatro artes diferentes (arquitetura, pintura, escultura e fotografia). Abaixo,
você verá quais imagens eles escolheram e como conseguiram extrair um miniconto
da imagem de uma arte! É possível definir uma imagem em poucas palavras? Tire
suas próprias considerações, leitor. Boa leitura!
EQUIPE “OS CONTIDOS”
JURADO: MARCOS
PASCHE
Pseudônimo: Rerman Resto
Título: O choro do
menino
Diante do silêncio, os meninos calados na proibição, a mãe adiantou-se:
– Os senhores já têm o atestado de óbito, passado por médico, o laudo de perito do IML, querem mais o quê?
– O testemunho dos familiares para
fecharmos o relatório.
– Meu marido morreu, foi um acidente.
– Não, mãe! Ele se matou! – disse o
menino que chorava.
Pseudônimo: Razec
Título: O quadro
Do lado de fora,
garotos, contentes, pintavam o sete. Na parede da sala, o menino
enquadrado, esquecido, chorava eternamente.
Pseudônimo: Luana Noslen
Título: Segredos do coração
Por quase nove meses
seu coração apenas bateu. E hoje todo o tormento que persegue aquele
menino vem de não saber que esse mesmo coração às vezes apanha. Seja como
for, ele sente, mas não entende.
Pseudônimo: Anima Brevis
Título: Sua bênção, pai,
mãe
Óleo sobre tela. Olhos
sobre tela. E aqui estou eu, nas paredes entulhadas da nossa casa vazia,
eternamente inesquecível em matizes de angústia. Tivessem observado, pai, mãe;
tivessem mergulhado nos meus olhos oblíquos de desespero ou percebido o grito
mudo dos meus lábios apertados e talvez não houvesse me alcançado a depressão
dos bibelôs. E não estaria morando entre vocês, em vocês este remorso que não
basta. Nem seríamos, eu e vocês, ângulos opostos pelo vértice da dor. Meus
olhos fixos, frios, mortos não estariam aqui, testemunhando para sempre tantos
passos de culpa. Estaríamos sentados à mesa ou na varanda fresca, entre paredes
libertas de mim. E eu lhes pediria a bênção, pai, mãe.
Pseudônimo: Castel
Título: Uma Mulher
Dividida
Imaginava-se dançando
para uma grande plateia num palco imponente. Assim desligava a cabeça enquanto
seu corpo era tocado e subjugado por estranhos em quartos de motéis sujos ou no
interior de automóveis estacionados em ruas de pouco movimento. Enxergando-se
na bailarina de sua fantasia, escapava da miséria de sua vida. Dividida entre o
inferno em seu corpo e o paraíso em sua mente.
EQUIPE “MAX MINIS”
JURADA: LEILA MÍCCOLIS
("O menino que chora", de Giovanni Bragolin)
Pseudônimo:
Hitchcock
Título:
Saveiros do Mar Morto
Quando
eu era criança, gostava de ver as embarcações que chegavam e partiam, gostava
de ver os marinheiros, os estivadores, os ratos do cais. Achava engraçado o
corre-corre dos passageiros no Ferry Boat
e o descontentamento nas filas que se formavam em vésperas de feriados.
Quando eu era criança,
imaginava que o mundo acabaria no mar e que eu sorriria afogado.
Pseudônimo:
Sebastião Jones
Título: A
Súplica
Quando André
adentrou-se impetuosamente no casebre que ardia incandescente, com chamas que
se elevavam até o topo do céu, não imaginou que suas perturbadoras leituras da
véspera fossem se tornar elementos daquele macabro enredo.
Viu-se jogado para
dentro de sua confusa mente, integrando-se a um mosaico de teorias
impressionantes. O quadro de Giovanni Bragolin estava ali, fixado na parede,
sendo velado pelo fogo que queimava implacavelmente. Como pode?, ponderou André
diante de tão bizarra situação.
O Menino que Chora o
olhava suplicante.
Em quase duas décadas
de serviço no corpo de bombeiros, jamais imaginou que um dia se depararia com o
aparente sobrenatural. O casal de adultos que estava esticado no chão parecia
já ter sido vítima da tragédia. No quarto ulterior, entretanto, um garotinho,
em prantos, ainda respirava.
André pegou-o pelos
braços e correu para fora daquele inferno. Mas antes, pôde ver o quadro sendo
abraçado pelas labaredas destruidoras.
("La Ruovo Center Brain Health", de Frank Gehry)
Pseudônimo:
Mignone
Título:
Personalidade
Era uma casa muito
engraçada, não tinha teto, não tinha nada...
Um dia, cansou-se de tanta falta de limite. Ao
som do Bolero de Ravel, retorceu-se em direção ao seu próprio centro e
amarrou-se, como numa trouxa. Ao final exibiu-se, redonda, toda orgulhosa!
Botou uma tabuleta, na
frente: É PRECISO REINVENTAR-SE.
("A Pequena Bailarina de quatorze anos", de Edgar Degas)
Pseudônimo:
Juliano Monterroso
Título:
Sonhos Pétreos
Os pais diziam que ela
seria uma das maiores bailarinas da história – com direito, acrescentavam, a
ser eternizada em monumentos. Na primeira grande audição, porém, teve um surto
catatônico no palco. E, com apenas quatorze anos de idade, transformava-se para
a família numa indesejável peça de museu.
Pseudônimo: Ana
Lina
Título:
Grand Jeté
O véu dobrava a esquina
e chegava à quitanda do "Seu" Bastos, já a duas ruas da casa de Dona
Carla.
Ela, costureira,
lembrava da vida ou de alguém pelos retalhos. Não jogava nada fora, porque
sabia o tempo e o mundo tudo aquilo que ficava, e andava, e seguia.
A casa era inteira
retalhos. Dia e noite a vizinhança esticava o véu pelas ruas. Noite e dia ninguém o pisava! Nem Tobias, o
cão rebelde! A filha havia pedido um véu
do tamanho do mundo.
Ensaios insistentes
todos os dias: máquina de costura em battements
tendus, linha em allongé,
lembranças da filha completamente en
dehors, num ballancé.
- Ontem ela tinha quatorze anos! –
recordava-se abismado o dedal já velhinho, que vira ela nascer.
Dona Carla sabia faltar
muito chão ainda. Mas até a estreia da filha, também tinha um tempo do tamanho
do mundo.
EQUIPE “RAPIDINHOS”
JURADO: ANDRÉ
SANT’ANNA
Pseudônimo:
Portuga 5
Título:
Pigmalião
Com um pedaço de barro
se fez o Homem – diz o texto antigo.
Com um pedaço de pasta
de moldar encho as mãos. Amasso-a, aqueço-a como massa de pão. Sinto que não há
nada mais sensual. Sem que as procure, surgem-me formas orgânicas. Afinal,
vivemos rodeados de seres, de pessoas. Crio espessuras, rotundidades. Faço estiramentos.
A pasta é infinitamente moldável, maleável, modelável. Obedece submissamente
aos movimentos não pensados das minhas mãos. Surgem cabeça, tronco, ancas,
primeiro como meros esboços de volumes, depois em refinamentos de formas
femininas. Crescem membros delicados. A textura do material, acetinada,
torna-se cúmplice. Irrompem seios, dedos, faces.
Perfeita, a figura
feminina reclina-se na minha mão, mansamente. A ilusão de vida é total. Uma
emoção perturbadora apodera-se de mim. O quê? Como?
Os meus lábios
aproximam-se dos seus.
Pseudônimo:
Ethexse /esxethE
Título:
No festival anual de dança
Uma das bailarinas
novatas estava sem suas ponteiras de silicone, aflita, material que toma a
forma dos pés e protege-os de estúpida dor.
Após negar o empréstimo
das ponteiras, algo íntimo demais, e a apresentação ocorrer com todos a sorrir
e aplaudir, a bailarina mais experiente me disse:
“O pé dela deve
ter arrebentado, mas ballet é
militar.”
("Ambulantes", de Francis Alys)
Pseudônimo:
Flora Medeiros
Título:
Errante
Foi difícil de acertar.
Não parava em emprego algum. Pra uns, vagabundo. Pra outros, inconstante.
A verdade é que Alceu
saía do eixo só de pensar em trilhar uma carreira. Horário, trabalho, salário.
— Não! Isso não é pra mim!
Versátil, achou logo
outro caminho. Virou vendedor ambulante.
E anda errando por aí.
Pseudônimo:
Mutante
Título: A
curiosa
Curiosa como sempre, não se conteve e
interpelou o tranquilo rapaz:
-
Oi, sempre o vejo passar carregado por aqui. Quem é você? Você é ambulante? O
que você vende? O que tem nestas caixas?
-
Casulos, respondeu ele sem disfarçar um sorriso.
-
Casulos?
-
E as borboletas já estão nascendo.
Silêncio.
O rapaz já estava longe quando ela
balbuciou:
-
Ahhhh! Metamorfose ambulante!
Pseudônimo:
Ramon Rufo
Título:
Fiscal de Fronteira
Intrigado, decidiu
investigar o rapaz que, todos os dias, atravessava a fronteira com um carrinho
repleto de caixas de papelão. Foi inútil. Todas vazias.
Só descobriu o crime
quatro anos depois: tráfico de caixas de papelão.
EQUIPE “INSÓLITOS”
JURADO: PAULO FODRA
Pseudônimo: Finado Severino
Título: Sinais
O menino estava sempre
triste, andava pelos cantos e sombras, normalmente de manga comprida,
encapotado em blusas, independente se calor ou frio. Não era de olhar no olho
dos outros, salvo quando questionado sobre como se sentia; mas nunca ousava
responder.
Uma vez ou outra, após
a insistência dos outros meninos, completava algum dos times no campinho
improvisado. No entanto, quando entrava no lado sem camisa, tinha logo de
correr para casa: a mãe, que sempre acompanhava pela janela, aparecia
prontamente ao portão, tamborilando o impaciente pé direito na calçada.
Ao cruzar o portão, ouvia a mãe
resmungar:
— Teu pai tá voltando. Você sabe o que
te acontece se ele vê isso!
Ele sabia. Todo mundo
da rua sabia. E sabiam, também, que aconteceria se o pai visse ou deixasse de
ver. O menino era quieto, mas as marcas pelo corpo - e os olhos - gritavam por
ele.
Pseudônimo: Névio Burgos
Título: Vil Metal
Nas ruas, vendia muito
mais que a inocência em cada noite que se apagava.
De manhã, na
padaria, pedia dois pães e um copo de leite.
Pseudônimo: Regis Guerra
Título: O bastardo
Há trinta anos, uma
palmada o fez chorar. E respirou pela primeira vez.
Há trinta anos, uma
mulher, em coma, deu à luz um menino.
Há trinta anos, um
criminoso anônimo. Um pai que se ignora.
Há trinta anos, o
menino chora.
Pseudônimo: Pressuposto
Epistemológico
Título: Claustrofobia
Começou com um mal
estar, uma sensação de sufocamento. A porta pantográfica fechava e era como se
o ar se extinguisse.
Nos túneis, sob o
trânsito pesado, a angustiada travessia: carros, escuro e concreto, com canos
de descarga promovendo a névoa, o barulho, a incapacidade de respirar.
Então o apartamento e a
desejada segurança. Até os móveis se avolumarem, as paredes se moverem,
espremerem, torcerem. O mundo de Dali se impondo ao dela.
Correu à janela,
respirou o ar puro da serra, ar, muito ar, relaxou. Olhou o vale, montanhas por
toda parte, altas e sólidas, paredes de pedra.
Voltou os olhos para si, para o próprio corpo. Precisava sair.
Da janela, um pulo só.
E então a liberdade: o corpo rasgado no chão e o espírito solto no ar. Ar,
muito mais ar agora.
Pseudônimo: Quartzo Rosa
Título: Escola da vida
Título: Escola da vida
Bailarina adolescente, passos afoitos,
rodopiou na dança da vida... Dançou... Dançou... Dançou e... Cresceu.
Para quem irá torcer?
Já decidiu para quem irá torcer em cada equipe? Escolha o seu
favorito de cada uma!
Você, leitor, também poderá ajudar o seu candidato preferido! Após a leitura
dos minicontos, você poderá votar, no campo dos comentários (apenas pela Conta
do Google – ou seja, anônimos não contarão) em um integrante de cada equipe, o
qual você NÃO DESEJA que seja o ELIMINADO da semana. Vote pela imunidade do seu
candidato! O candidato, de cada equipe, que tiver mais votos, receberá um bônus
de 0,5 pts. em seu somatório geral! Os votos serão computados até quinta-feira, às 19 horas.
Mas lembrem-se: só logados com a Conta do Google!
NA PRÓXIMA QUINTA-FEIRA, ESTAREMOS DIVULGANDO AS NOTAS E OS
COMENTÁRIOS DOS JURADOS. NA SEXTA-FEIRA, ESTAREMOS ANUNCIANDO O CANDIDATO
ELIMINADO DE CADA EQUIPE.
AUTORES S/A: UMA SOCIEDADE DIFERENTE
PATROCÍNIO: EDITORA PENALUX / SELO MICROLUX
45 comentários:
Aqueles que gostaria de ver continuar:
Pressuposto Epistemológico - Insólitos
Juliano Monterroso - Max Minis
Mutante - Rapidinhos
Razec - Contidos
Boa Sorte a Todos.
PAR
Pressuposto Epistemológico cometeu, na minha opinião, o melhor texto da rodada
Mas por que cargas d'agua os participantes são tao politicos na hora de apontar um rival forte?
Criar um conto de algo completamente novo, como uma imagem, é um desafio para poucos, corre-se o risco de apelar para colagens, para o superfluo, para aquilo que os olhos veem, gostei de alguns, detestei vários, tocou-me, pela poesia contida no texto, por buscar na melancolia dos olhos da criança a beleza do horizonte, os saveiros do Mar Morto, nao sei se pela referência explicita a Jorge Amado, nao sei.
Avaliando todos os contos postados ate aqui
Pseudônimo: Castel
Pseudônimo: Hitchcock
Pseudônimo: Ramon Rufo
Pseudônimo: Névio Burgos
Juliano Monterroso , minha torcida nipo-braziliana é toda sua. Avante mestre.
Pseudônimo: Sebastião Jones
Um dos melhores, merece ficar na competição!
Porém, Dulcíssima, ver "literalmente" também é válido. Não há regras, o importante é uma boa ideia. O que os olhos veem ou não.
Os integrantes (de cada equipe) que eu não desejo a eliminação:
- Os contidos: RAZEC
- Max minis: HITCHCOCK
- Rapidinhos: RAMON RUFO
- Insólitos: PRESSUPOSTO EPISTEMOLÓGICO
Vale adaptação de piada velha? http://piadas.terra.com.br/0,1909,p1819,00.html ... http://www.giachini.com/piada/index.php?ID=piadaView&id=466&id_cat=19
Desejo que fiquem:
* Os contidos: Razec
* Max minis: Hitchcock
* Rapidinhos: Ramon Rufo
* Insólitos: Pressuposto
"Vale adaptação de piada velha?". O que diria o prezado anônimo ao ler'Se Eu Morrer Telefone para o Céu', de José Cândido de Carvalho? Literatura não é apenas o que se diz, mas também como se diz. Uma velha anedota pode render um grande miniconto.
Achei os melhores
Rerman Resto
Hitchcock
Mutante
Regis Guerra
MEUS VOTOS:
Equipe OS CONTIDOS: Razec
Equipe MAX MINIS: Hitchcock
Equipe RAPIDINHOS: Errante
Equipe INSÓLITOS: Quartzo Rosa
Hum... não ganha 0,5 ponto quem tem o melhor conto, mas quem tem mais amigos
Exatamente. Aconteceu também no concurso anterior, de poesia. Mais amigos, mais votos. Mas os jurados oficiais e os convidados especiais equilibram isso. Se o sujeito dos muitos amigos for realmente bom, leva. Se não for, dança lá na frente.
Gostaria que o Quartzo Rosa, da Equipe Insólitos, permanecesse no concurso. Simplesmente tocante! Adorei!
Estou concorrendo e faço absoluta questão de não divulgar para ninguém que estou ali no meio. Já participei de outros concursos com critério "amizade" e mantenho a mesma posição de não fazer campanha alguma.
os melhores sao
Razec
Hitchcock
Ramon Rufo
Finado Severino
Fiscal de Fronteira ser classificado, sendo que é um plágio descarado da piada da mulher que ia e vinha do Paraguai, de moto, e no fim descobrem que ela contrabandeava motos... Lamentável também a classificação de Vil Metal, um continho extremamente medíocre, sem surpresa nenhuma. Melhor nem participar de concursos literários. Só tem marmeladas, pô.Waldemar.
Acho que o amigo do post de cima não esta conseguindo acompanhar!Seria melhor que desenhassem!!!!
Eu nunca mais participo dessas porcarias, sinceramente. Nunca vi jurados tãaãão incompetentes como esses. E se a gente reclamar aqui eles escrevem: participe de outros concursos. Vil Metal me parece um continho escrito por uma criança de sete anos.Tenham dó. Digam, então, que é um sorteio, e não um julgamento por mérito... Fils du Vent et du Soleil.
Recomendo ao amigo(a) acima,que não participe desse concurso,visto que seu conto deve estar acima da média dos demais e não merece ser julgado.Deveria então pedir para que o concurso fosse interrompido e o seu conto fosse elevado a campeão.
Ô, anónimos, estes minicontos ainda não se classificaram, estão a julgamento. Quatro deles caem fora.
Peço desculpa ao exímio escritor reclamante o desconforto causado e ao término do concurso, se ele puder se identificar, prometo não participar de qualquer concurso que o nobre participe.Abraço.
Acho que as críticas, às vezes, estão um pouco exageradas. Mas realmente, resumir uma crônica já existente - a história da velhinha é do Stanislaw Ponte Preta e chama A velhinha contrabandista - é muita cara de pau. E, claro, falta de criatividade.
Cada um escreve o que quer. Está aí para ser julgado. Quanta gente chata!
POR QUE CARGAS D'AGUA OS ELIMINADOS CHORAM TANTO?
Anõnimos recalcados.
Aqui, so os melhores.
Gente! Que baixaria! Não quero acreditar que isso venha de "escritores", pessoas que supostamente deveriam ter uma postura diferenciada pela sua (suposta) visão apurada da realidade.
Boa tarde,
Contente por mais um certame no sítio Autores S/A. No entanto, como já diria Camões, sinto um contentamento descontente. Pelo apreciado, concluo que seria melhor poupar meus minutos preciosos.
Para quem não me conhece, sou crítico literário e jornalista. Dos bons. Tenho grande apreço pelos organizadores dos certames deste espaço. A iniciativa é válida e a banca de jurados é excelente (com Leila Míccolis numa banca, seria melhor que eu me calasse, mas não calo). Já os que deveriam protagonizar o certame... Como dizem os tuiteiros de plantão: R.I.P minicontos.
Não vim aqui para ler postagem de rede social, nem piada malsucedida, nem plágio, nem trocadilho infantil, tampouco slogan publicitário. Procura-se Literatura. Onde se vê estranhamento? Quem impressiona, quem derruba da cadeira? Absolutamente ninguém, nesta leva. É triste constatar esta pobreza em um gênero que já não é lá grandes coisas (sem trocadilho).
Há o óbvio ululante, do tipo o balé é militar. Há slogans de disque-criança desconsolada. Há quem tenha 'chamado Raul', literalmente, neste espaço. Há quem tenha tido a pretensão de escrever o Gênesis ou a criação de Pandora em um miniconto! É, chega, está feia a coisa. Estou me cansando.
Num ato de generosidade descomunal, que não condiz com o meu perfil (estejam certos disso), apontarei os menos piores de cada grupo:
Razec, Pressuposto Epistemológico, Hitchcock e Flora Medeiros.
Quem não gostou das minhas considerações, ''que vá chorar na cama que é lugar quente''. Observem, acabo de elaborar um miniconto: inspirado por vocês.
Cordialmente,
F.N.V
rá rá
o cara mesmo se define "crítico literário e jornalista dos bons", é dose, não para chorar na cama, mas para se divertir.
Tem muito de crítico mesmo, daqueles frustados, é chato pra caramba. Epa, desculpe por ter escrito "pra caramba", caro crititico.
Odeio me dirigir a anônimos, pessoas que não dão a cara a tapa. Pois bem, encerrando o assunto: frustrado eu fiquei, sim, por ter perdido meu tempo precioso com textos tão pobres. Me esperem na próxima.
Cordialmente,
F.N.V
Quero ler seus escritos nobre jornalista e escritor Felipe Neto Viana, pois fiz uma busca no google e só achei um concurso de haicai em que você era jurado e nada mais. Quero aprender,poxa!!!!
Quando a gente se inscreve em um concurso, tem que estar aberto a críticas, é claro. Mas a grosseria aqui tá demais.
Senhores Anônimos desinteressantes,
Se buscarem com mais afinco sobre a minha pessoa, saberão que não sou escritor. Sou crítico literário. Quem se diz escritor, que faça jus ao título. Como eu não me dou a esse luxo, não publico.
Por favor, não confundam sinceridade com grosseria. Entretanto, de antemão eu aviso: sei ser grosso também, se preciso for.
Honestamente,
F.N.V
azedume
acho que o concurso abriu demais: novas fases, propostas de novos contos... apresentação dos contos ao público... exposição da opinião dos críticos... continuo achando que todas as eliminatórias devem ser realizadas apenas com os contos inscritos numa única fase, e apresenta-se a seleção com o resultado dos 3 primeiros para premiação! como são os concursos. A exposição "dos bastidores"de faz desacreditar a qualidade do concurso.
Tem o que fala mal do jurado, o que fala mal das escolhas, o que fala mal do conto, o que usa linguagem vulgar...
MELHOR A EDITORA REPENSAR PARA O PRÓSIMO!
Quanta dor de cotovelo! Uns se dizem escritores e escrevem baixarias; o outro se intitula crítico literário e joga suas palavras no ventilador da ignorância. Se não gostaram tenham pelo menos a decência de se omitirem em respeito a todos aqui, sobretudo aos jurados e aos concorrentes que chegaram a esta fase com merecimento. Até porque calar-se no memento certo é sim sinal de inteligência. Se querem outro tipo de critério promovam vocês outro certame!
desculpe o erro. no comentário anterior leia PRÓXIMO.
juro que foi um erro de digitação.
Atenção organizadores,
tem gente confundindo miniconto ou microconto com conto pequeno. São modalidades narrativas bem diferentes, por favor! Tenho visto pequenos contos sendo classificados. São pouquíssimos aqueles que realmente estão participando com textos que, caracteristicamente, podem ser chamados minicontos.
Estou achando o máximo isso aqui. A forma do concurso como um organismo vivo, que evolui, se modifica, ao contrário de outros certames estáticos. Acompanhar os bastidores parece uma mistura de Woody Allen com Truffaut. E os eliminados anônimos estão cada vez mais divertidos.
Aqui está de onde o mini Fiscal de Fronteira foi plagiado:
A Velha Contrabandista de Stanislau Ponte Preta
Diz que era uma velhinha que sabia andar de lambreta. Todo dia ela passava pela fronteira montada na lambreta, com um bruto saco atrás da lambreta. O pessoal da Alfândega - tudo malandro velho - começou a desconfiar da velhinha.
Um dia, quando ela vinha na lambreta com o saco atrás, o fiscal da Alfândega mandou ela parar. A velhinha parou e então o fiscal perguntou assim pra ela:
- Escuta aqui, vovozinha, a senhora passa por aqui todo dia, com esse saco aí atrás. Que diabo a senhora leva nesse saco?
A velhinha sorriu com os poucos dentes que lhe restavam e mais outros, que ela adquirira no odontólogo, e respondeu:
- É areia!
Aí quem sorriu foi o fiscal. Achou que não era areia nenhuma e mandou a velhinha saltar da lambreta para examinar o saco. A velhinha saltou, o fiscal esvaziou o saco e dentro só tinha areia. Muito encabulado, ordenou à velhinha que fosse em frente. Ela montou na lambreta e foi embora, com o saco de areia atrás.
Mas o fiscal desconfiado ainda. Talvez a velhinha passasse um dia com areia e no outro com muamba, dentro daquele maldito saco. No dia seguinte, quando ela passou na lambreta com o saco atrás, o fiscal mandou parar outra vez. Perguntou o que é que ela levava no saco e ela respondeu que era areia, uai! O fiscal examinou e era mesmo. Durante um mês seguido o fiscal interceptou a velhinha e, todas as vezes, o que ela levava no saco era areia.
Diz que foi aí que o fiscal se chateou:
- Olha, vovozinha, eu sou fiscal de alfândega com 40 anos de serviço. Manjo essa coisa de contrabando pra burro. Ninguém me tira da cabeça que a senhora é contrabandista.
- Mas no saco só tem areia! - insistiu a velhinha. E já ia tocar a lambreta, quando o fiscal propôs:
- Eu prometo à senhora que deixo a senhora passar. Não dou parte, não apreendo, não conto nada a ninguém, mas a senhora vai me dizer: qual é o contrabando que a senhora está passando por aqui todos os dias?
- O senhor promete que não "espáia"? - quis saber a velhinha.
- Juro - respondeu o fiscal.
- É lambreta.
Dá pra confiar em concursos assim, onde os jurados nem conhecem o grande Stanislau Ponte Preta?
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