Olá, caríssimos!
Hoje é dia de
resultados. Hoje e amanhã! Quem serão os eliminados? Vamos recordar como vai
funcionar:
HOJE, TEREMOS OS DOIS MENOS VOTADOS DE CADA
EQUIPE. ELES ESTARÃO NO CAMPO PLATÔNICO
O CAMPO PLATÔNICO?
CAMPO
PLATÔNICO é a denominação que usamos para definir o momento que se encontrarão
os DOIS MENOS VOTADOS de cada equipe. Eles correrão o risco de DEIXAR O
CERTAME. Os dois menos votados serão ENCAMINHADOS para as MÃOS DOS SEUS
RESPECTIVOS JURADOS. Eles decidirão quem vai, quem fica. E O RESULTADO DO CAMPO
PLATÔNICO DE TODAS AS EQUIPES SERÁ DIVULGADO AMANHÃ, SEXTA-FEIRA.
QUEM APLICOU AS NOTAS?
Os
JURADOS CONVIDADOS. A cada fase, teremos diferentes jurados convidados. Desta
vez, tivemos a honra de receber como jurados convidados os críticos e
escritores: NILTO MACIEL E NONATO GURGEL. Vamos conhecer um pouco sobre eles?
Nonato Gurgel é doutor
em Letras (Ciência da Literatura) pela UFRJ e professor de Teoria da Literatura
e de Literatura Portuguesa da UFRRJ. Cursou Mestrado em Estudos da Linguagem,
Especialização em Literatura Brasileira e Graduação em Letras pela UFRN.
Trabalhou como pesquisador da FAPERJ e da EMATER. É autor de “Luvas na
Marginália – escritos sobre a poética de Ana Cristina Cesar” (2012) e “Memórias
de um leitor ao pé da letra” (no prelo). Edita o blog Língua do Pé: http://linguadope.blogspot.com/
Nilto Maciel nasceu em
Baturité, Ceará, em 1945. Ingressou na Faculdade de Direito da Universidade
Federal do Ceará em 70. Criou, em 76, com outros escritores, a revista O Saco.
Mudou-se para Brasília em 77, tendo trabalhado na Câmara dos Deputados, Supremo
Tribunal Federal e Tribunal de Justiça do DF. Regressou a Fortaleza em 2002.
Editor da revista Literatura desde 91. Obteve primeiro lugar em alguns
concursos literários nacionais e estaduais: Secretaria de Cultura e Desporto do
Ceará, 1981, com o livro de contos Tempos de Mula Preta; Secretaria de Cultura
e Desporto do Ceará, 1986, com o livro de contos Punhalzinho Cravado de Ódio;
“Brasília de Literatura”, 90, categoria romance nacional, promovido pelo
Governo do Distrito Federal, com A Última Noite de Helena; “Graciliano Ramos”,
92/93, categoria romance nacional, promovido pelo Governo do Estado de Alagoas,
com Os Luzeiros do Mundo; “Cruz e Sousa”, 96, categoria romance nacional,
promovido pelo Governo do Estado de Santa Catarina, com A Rosa Gótica; VI
Prêmio Literário Cidade de Fortaleza, 1996, Fundação Cultural de Fortaleza, CE,
com o conto “Apontamentos Para Um Ensaio”; “Bolsa Brasília de Produção
Literária”, 98, categoria conto, com o livro Pescoço de Girafa na Poeira;
"Eça de Queiroz", 99, categoria novela, União Brasileira de
Escritores, Rio de Janeiro, com o livro Vasto Abismo. Organizou, com Glauco
Mattoso, Queda de Braço – Uma Antologia do Conto Marginal (Rio de
Janeiro/Fortaleza, 1977). Participa de diversas coletâneas, entre elas Quartas
Histórias – Contos Baseados em Narrativas de Guimarães Rosa, org. por Rinaldo
de Fernandes (Ed. Garamond, Rio de Janeiro, 2006); 15 Cuentos Brasileros/15
Contos Brasileiros, edición bilingüe español-portugués, org. por Nelson de
Oliveira e tradução de Federico Lavezzo (Córdoba, Argentina, Editorial
Comunicarte, 2007); e Capitu Mandou Flores, org. por Rinaldo de Fernandes
(Geração Editorial, São Paulo, 2008). Tem contos e poemas publicados em
esperanto, espanhol, italiano e francês. O Cabra que Virou Bode foi transposto
para a tela (vídeo), pelo cineasta Clébio Ribeiro, em 1993.
O VOTO DO PÚBLICO
O
Autores S/A nunca vai deixar o público-leitor de lado. A interação do público
com o concurso é muito importante nós, organizadores. Foi solicitado que todos
que quisessem votar, pela sua Conta do Google, em seus preferidos, poderiam
fazê-lo através dos comentários do post.
Os
mais votados de cada equipe receberão, como BÔNUS, 0,5 pontos. Serão somados ao
total dos dois jurados convidados.
Os
vencedores de cada equipe foram:
RAZEC (EQUIPE OS
CONTIDOS): 6 VOTOS.
PRESSUPOSTO
EPISTEMOLÓGICO (EQUIPE INSÓLITOS): 4 VOTOS.
HITCHCOCK (EQUIPE MAX MINIS): 8 VOTOS.
RAMON
RUFO (EQUIPE RAPIDINHOS): 4 VOTOS.
Parabéns!
A SEGUIR...
ANÁLISE DOS JURADOS OFICIAIS
EQUIPE: INSÓLITOS
JURADO: PAULO FODRA
Pseudônimo: Finado
Severino
Título: Sinais
Comentário de Paulo Fodra: Gostei da
abordagem, transformando um clichê em uma narrativa bastante sensível. No
entanto, o texto ficou um tanto prolixo. Não pela extensão em si, mas pela
“gordura” nas frases.
Ao se guardar o
desfecho para a última frase do texto, cria-se uma expectativa que pode tanto
desembocar em um lugar-comum quanto em um soco no estômago, dependendo da
habilidade do autor. É um ótimo recurso, bem aplicado no texto.
Uma das maneiras de se conseguir um
efeito ainda mais contundente é esvaziando o significado das frases, de forma a
deixar o seu real sentido dúbio ou implícito, como se a história ficasse um
tanto “borrada”. Dessa forma, ao se chegar ao final, têm-se a impressão de que
a narrativa “entra em foco”.
Pseudônimo: Névio
Burgos
Título: Vil Metal
Comentário de Paulo Fodra: Aqui, o que
não está escrito fala muito mais alto. Ou seja, complementamos o sentido do
texto com nosso próprio entendimento do mundo, o que faz com que ele adquira
uma nova camada de significados. O contraste do chocante não-escrito, com o
prosaico escrito (dois pães e um copo de leite), é o que ancora e serve de mote
para esse ótimo miniconto, efeito esse que é bastante acentuado pela concisão.
Continue assim!
Pseudônimo: Regis
Guerra
Título: O bastardo
Comentário de Paulo Fodra: Aqui o texto
é uma narração cronológica simples e sem muita novidade. O que o torna um bom
miniconto, no entanto, é a forma e a pegada mais “poética”, embasada na
repetição das palavras “há trinta anos” em cada frase. É o suficiente para
tirar o texto do lugar comum e fazê-lo funcionar em sua forma mais concisa.
Pseudônimo:
Pressuposto Epistemológico
Título:
Claustrofobia
Comentário de Paulo Fodra: O texto foca
nas sensações e percepções do mundo para contar sua história. O excesso de
detalhes, e a linguagem com toque poético, contribuem para a materialização do
efeito claustrofóbico almejado. Prepara bem o final que, embora um tanto óbvio,
consegue ter o seu impacto. É um texto com um equilíbrio tênue e difícil, que
exige bastante habilidade. O autor pode ter bastante sucesso se tiver fôlego
para continuar produzindo esses efeitos delicados. Terá de ser mais conciso nas
próximas fases do certame, e esse será o seu grande desafio.
Pseudônimo: Quartzo Rosa
Título: Escola da vida
Título: Escola da vida
Comentário de Paulo Fodra: O autor
trabalha uma metáfora um tanto sutil demais, pois se o texto for lido apenas da
forma literal, não terá novidade alguma. É possível fazer leituras muito mais
ricas e profundas do que está escrito, se considerarmos o que não está no
papel. No entanto, carece de uma pista mais forte de que há outras camadas de
significado, outros subtextos. Um leitor com boa capacidade de abstração não
terá problemas em transcender o texto. Porém, o leitor desavisado, ou até mesmo
com pouca prática, poderá achar o texto bobo.
Repito, não é um
miniconto ruim, pois tem concisão, narrativa, começo-meio-fim e outras camadas
de significado. Porém, para que o autor consiga se destacar ao longo do
certame, precisará lapidar mais o seu texto, para que consiga revelar suas
“sacadas” ao leitor, sem que o texto em si fique por demais óbvio.
EQUIPE: MAX MINIS
JURADA: LEILA MÍCCOLIS
Pseudônimo: Hitchcock
Título: Saveiros do Mar Morto
Comentário de Leila Míccolis: O miniconto é inteligentemente construído, jogando o tempo inteiro com a leveza do riso fácil e do mundo encantado/fantasioso infantil. Então, depois do primeiro parágrafo, pensamos: onde o choro? É na relação entre o título e o final que surge a explicação sutilíssima: a “criança que chora”, no quadro, findou percebendo (quanto tempo depois?) que afogar-se não era tão alegre como imaginava e que nem sempre o mundo acabava no mar – muitas vezes “morre-se na praia”.
Pseudônimo:
Sebastião Jones
Título: A Súplica
Título: A Súplica
Comentário de Leila Míccolis: Até agora
ainda eu não tinha julgado nenhum miniconto de realidade fantástica. Ei-lo: uma
interessante narrativa cheia de ação, que nos faz lembrar (obviamente em moldes
bem diferentes) o clássico “Retrato de Dorian Gray”, de Oscar Wilde. Dá um belo
curta-metragem, este texto quase com muitos recursos cinematográficos: tenso,
com suspense, ação, emoção. E eu sempre celebro com muita alegria esta
intercomunicação entre as artes.
Pseudônimo: Mignone
Título: Personalidade
Comentário de Leila Míccolis: O conto é agradavelmente
divertido, e a trilha sonora do Bolero de Ravel é muito adequada à imagem da
arquitetura de Frank Gehry criada para o Centro Lou Ruvo, clínica especializada
em doenças do cérebro. Podemos entender o texto todo, através do final, como sendo
um bom conselho da nossa própria mente: mude, reinvente-se, transforme-se
sempre para ser saudável, e não acabar internado em uma clínica como essa. A
única observação é que a relação com o cérebro ou com a saúde podia ter ficado mais
nítida e evidenciada.
Pseudônimo: Juliano Monterroso
Título: Sonhos Pétreos
Comentário de Leila Míccolis: Um belo “retrato
de família” tradicional, pintado/narrado com tintas sutis, mas nem por isso
menos forte. Os sonhos que os pais projetam nos filhos. O futuro que eles
gostariam que a filha (no caso) tivesse. Queriam um monumento e tiveram no
palco uma estátua. À decepção segue-se o castigo da indiferença. Ao final, mais
um elemento, de grande impacto: a reificação do ser humano, a pessoa coisificada
e reduzida a um bem material, e de nenhum valor: uma peça de museu, totalmente desnecessária
para uma sociedade utilitarista, que tem como principal finalidade a satisfação
de seus próprios interesses particulares.
Pseudônimo: Ana Lina
Título: Grand Jeté
Comentário de Leila Míccolis: Lindíssima
a forma com que as metáforas costuram a tessitura do texto, ao qual não faltam:
o absurdo, a delicadeza dos passos do Ballet e uma sensibilidade intensa, mas levíssima,
quase diáfana, como o véu que todos respeitam e ajudam a Dona Carla a esticar
pelas ruas. Esses traços e detalhes estão bordados em uma narrativa difícil de
ser elaborada, porque fundamenta-se em fragmentos/retalhos do ofício/lembranças
de uma costureira; é preciso habilidade para fazer com que algo tão simples
cresça a ponto de apresentar a técnica de um grande salto (le grand jeté) do tamanho do mundo amoroso da devotada mãe por sua
filha, mesmo que esta seja uma tarefa interminável, como a de Sísifo, embora
bem mais leve.
EQUIPE: RAPIDINHOS
JURADO: ANDRÉ SANT’ANNA
Pseudônimo: Portuga 5
Título: Pigmalião
Comentário de André Sant’Anna: Confesso
que, de início, achei o conto um pouco piegas. Talvez isso tenha ocorrido em
função da imagem. O miniconto sempre corre o risco de se tornar poema, de cair
na abstração. Mas gosto da frase final, que quebra um pouco a divagação, que
torna o miniconto um miniconto.
Pseudônimo: Ethexse /esxethE
Título: No festival anual de dança
Comentário de André Sant’Anna: Os
personagens ficaram meio confusos. Claro, relendo uma vez, a gente encontra a
“bailarina novata”, a “bailarina mais experiente” e o narrador em primeira
pessoa – “me” disse. Mas não deveria ser necessário reler um miniconto. Aliás,
o miniconto não é necessário para se dizer que a vida de uma bailarina é
dura/”militar”. O mais importante para se escrever qualquer coisa. É ter o que
dizer. Use a imagem apenas como um suporte para você dizer o que quer dizer. Se
você tem algo a falar sobre política, ou sobre a solidão que você sente às
vezes, use a imagem apenas como um apetrecho e não como conteúdo principal.
Pseudônimo: Flora Medeiros
Título: Errante
Comentário de André Sant’Anna: Engraçado.
Vi dentro do miniconto um microconto que é melhor do quer o miniconto:
“- Foi difícil de acertar. Não parava em
emprego algum. Pra uns, vagabundo. Pra outros, inconstante”.
O que eu teria a dizer é que o melhor
miniconto é sempre aquele que conta o máximo com o mínimo de palavras.
Pseudônimo: Mutante
Título: A curiosa
Comentário de André Sant’Anna: É apenas
um trocadilho. E usou muitas palavras para um mero trocadilho. Tente escrever
algo que tenha alguma relevância.
Pseudônimo: Ramon Rufo
Título: Fiscal de Fronteira
Comentário de André Sant’Anna: Já
conheço essa história, contada de outra maneira. Um problema, com uma solução a
seguir. Acho que é possível contar essa história com mais imaginação e até
poesia. Na literatura em geral, não se deve forçar nada, não se deve escrever
nada que não tenha alguma relevância, que comunique algo. A dificílima arte do
miniconto é dizer muita coisa usando poucas palavras. Não é para dizer qualquer
coisa.
EQUIPE: OS CONTIDOS
JURADO: MARCOS
PASCHE
Pseudônimo: Castel
Título: Uma Mulher
Dividida
Comentário de Marcos Pasche: As imagens
são gastas.
Pseudônimo: Rerman
Resto
Título: O choro do
menino
Comentário de Marcos Pasche: o desfecho
não estampa o efeito – de secura, de criatividade, de surpresa – que sustenta
os minicontos.
Pseudônimo: Razec
Título: O
quadro
Comentário de Marcos Pasche: Traz um
pouco do efeito referido anteriormente, mas há certo teor descritivo que torna
o texto mais reprodutor do que inventor.
Pseudônimo: Luana
Noslen
Título: Segredos do
coração
Comentário de Marcos Pasche: Razoável.
Pseudônimo: Anima
Brevis
Título: Sua bênção,
pai, mãe
Comentário de Marcos Pasche: Imagens bem
formuladas e bem conectadas a uma situação comum entre famílias. O texto não se
limitou a reproduzir ou a fazer um acréscimo ao quadro, e sim o tomou como
ponto de partida para a criação.
COMENTÁRIOS
E NOTAS DOS JURADOS CONVIDADOS
EQUIPE: OS CONTIDOS
Pseudônimo: Rerman
Resto
Título: O choro do menino
NOTA: 7,0
Nonato Gurgel: Texto bem escrito, com domínio técnico. Faltou algum
espanto.
NOTA: 6,5
Nilto Maciel: Apenas a distinção entre
acidente e suicídio. Além disso, a linguagem merece reparos, não por erros, mas
por pobreza mesmo.
Pseudônimo: Luana
Noslen
Título: Segredos do
coração
NOTA: 7,0
Nonato Gurgel: Gosto da brevidade do texto. Sinto falta da ação
que caracteriza o gênero narrativo no qual se insere o conto.
NOTA: 6,0
Nilto Maciel: Mais lição do que narração.
Talvez um aforismo.
Pseudônimo: Anima
Brevis
Título: Sua bênção,
pai, mãe
NOTA: 7,0
Nonato Gurgel: O texto possui momentos marcantes como este: “talvez
não houvesse me alcançado a depressão dos bibelôs”. Falta ousadia.
NOTA: 6,5
Nilto Maciel: Aproveitável, não, talvez, como
miniconto. O autor tem domínio da linguagem literária. Entretanto, se perdeu (o
miniconto exige o mínimo) nos próprios labirintos que criou.
Pseudônimo: Castel
Título: Uma Mulher
Dividida
NOTA: 5,5
Nonato Gurgel: Registro da realidade imaginária e do
desligamento mental, partindo de um foco narrativo que subjuga, escapa e não
soma: divide, cinde. Creio que a beleza afirmativa desta imagem negra ratifica
o contrário do que desliga, escapa, subjuga...
NOTA: 7,0
Nilto Maciel: A ideia é boa: prostituição,
arte como imaginação, ilusão. Faltou ao contista inventar mais.
Pseudônimo: Razec
Título: O
quadro
NOTA: 9,5
Nonato Gurgel: A dualidade espacial (“lá fora” e “na parece”) e o
contraponto dos personagens ‘(“garotos” e “menino enquadrado”) dialogam com a
surpresa final.
NOTA: 8,5
Nilto Maciel: Este soube sintetizar a dor. A
arte (no quadro do pintor ou no quadro negro ou verde da escola) se pintou, em
duas frases curtas. E isso foi o bastante.
RANKING DA EQUIPE NA RODADA (INCLUINDO BÔNUS DO PÚBLICO):
1º RAZEC, COM 18,5 PONTOS
2º ANIMA BREVIS, COM 13,5 PONTOS
3º RERMAN RESTO, COM 13,5 PONTOS
4º LUANA NOSLEN, COM 13 PONTOS
5º CASTEL, COM 12,5 PONTOS
OS PARTICIPANTES LUANA NOSLEN E
CASTEL ESTÃO NO CAMPO PLATÔNICO NA EQUIPE OS CONTIDOS.
EQUIPE: MAX MINIS
Pseudônimo: Sebastião Jones
Título: A Súplica
NOTA: 6,0
Nonato Gurgel: Ao contrário do título, a ideia é boa. O narrador
lembra o pensador alemão Walter Benjamin. Ele dizia que o homem moderno não
suporta o que não pode ser abreviado.
NOTA: 6,0
Nilto Maciel: Mal elaborado. Parece trecho de
reportagem de jornal (sem revisão).
Pseudônimo: Ana Lina
Título: Grand Jeté
NOTA: 7,0
Nonato Gurgel: O Tempo é um dos deuses da narrativa. Ana possui
domínio da narrativa, mas não ousa. Não surpreende. Não instiga muito o leitor.
NOTA: 6,0
Nilto Maciel: Excessivo, palavroso. Além disso,
muitos personagens para tão pouco conto.
Pseudônimo: Mignone
Título: Personalidade
NOTA: 8,0
Nonato Gurgel: Gosto da extensão textual e dos intertextos
musicais, mas o título não ajuda muito, nem a conclusão.
NOTA: 6,5
Nilto Maciel: Parece miniconto, mas não é.
Parece piada, mas não é. Além disso, quase um terço do texto é de uma canção.
Sem nenhuma reinvenção.
Pseudônimo: Juliano Monterroso
Título: Sonhos Pétreos
NOTA: 6,0
Nonato Gurgel: Não consigo associar a afirmação luzidia desta
imagem negra com nenhum “surto catatônico”.
NOTA: 6,5
Nilto Maciel: Piada de mau gosto. Augusto
Monterosso morreria de vergonha, ao ler seu sobrenome assim usado.
Pseudônimo: Hitchcock
Título: Saveiros do Mar Morto
NOTA: 9,0
Nonato Gurgel: Belo título. Narrativa concisa com dicção
poética. Gosto da imagem surrealista de “o mundo acabaria no mar e que eu
sorriria afogado”.
NOTA: 6,5
Nilto Maciel: O título é bom, mas o autor não
conseguiu contar uma história. Ou, se não quisesse fazê-lo, não conseguiu
abalar meus alicerces de leitor. Continuei a ver navios.
RANKING DA EQUIPE NA RODADA
(INCLUINDO BÔNUS DO PÚBLICO):
1º HITCHCOCK, COM 16 PONTOS
2º MIGNONE, COM 14,5 PONTOS
3º ANA LINA, COM 13 PONTOS
4º JULIANO MONTERROSO, COM 12,5
PONTOS
5º SEBASTIÃO JONES, COM 12 PONTOS
OS PARTICIPANTES JULIANO MONTERROSO E SEBASTIÃO JONES ESTÃO
NO CAMPO PLATÔNICO NA EQUIPE MAX MINIS.
EQUIPE: INSÓLITOS
Pseudônimo: Finado
Severino
Título: Sinais
NOTA: 6,5
Nonato Gurgel: O Finado escreve bem, mas poderia ser breve e
contemporâneo desde o recorte vocabular.
NOTA: 6,0
Nilto Maciel: Apenas denúncia de maus tratos a
crianças.
Pseudônimo: Névio
Burgos
Título: Vil Metal
NOTA: 9,0
Nonato Gurgel: Texto elíptico e breve. Sugere e, às vezes, exige
mais do leitor que as narrativas lineares e seus caudalosos parágrafos.
NOTA: 6,5
Nilto Maciel: Pelo menos, este escreveu pouco.
Certamente não conseguiria bom resultado se espichasse a “história”.
Pseudônimo: Regis
Guerra
Título: O bastardo
NOTA: 6,0
Nonato Gurgel: Tempo tempo tempo tempo.
NOTA: 6,5
Nilto Maciel: Ótimo como denúncia. Poderia
servir de texto num outdoor da campanha pelo reconhecimento da paternidade.
Pseudônimo:
Pressuposto Epistemológico
Título:
Claustrofobia
NOTA: 8,5
Nonato Gurgel: Gosto deste texto moderno em sintonia com o mal-estar
das identidades contemporâneas, mas com problemas na conclusão.
NOTA: 7,0
Nilto Maciel: A busca da liberdade: o
suicídio. A prisão diária das pessoas em casa, nos carros, nos túneis. Seria
apenas claustrofobia? Não é por se discutir isso ou aquilo que um “conto” ou um
“poema” seja um conto ou um poema.
Pseudônimo: Quartzo
Rosa
Título: Escola da vida
Título: Escola da vida
NOTA: 8,5
Nonato Gurgel: Quartzo Rosa escreve uma narrativa de linguagem
condensada ao sabor do nosso tempo. Tem futuro.
NOTA: 8,0
Nilto Maciel: Síntese “maior” do que esta só a
de Augusto Monterosso.
RANKING DA EQUIPE NA RODADA (INCLUINDO BÔNUS DO PÚBLICO):
1º QUARTZO ROSA, COM 16,5 PONTOS
2º PRESSUPOSTO EPISTEMOLÓGICO, COM 16 PONTOS
3º NÉVIO BURGOS, COM 15,5 PONTOS
4º FINADO SEVERINO, COM 12,5 PONTOS
5º REGIS GUERRA, COM 12,5 PONTOS
OS PARTICIPANTES FINADO SEVERINO E
REGIS GUERRA ESTÃO NO CAMPO PLATÔNICO NA EQUIPE INSÓLITOS.
EQUIPE RAPIDINHOS:
Pseudônimo: Portuga 5
Título: Pigmalião
NOTA: 9,0
Nonato Gurgel: Portuga 5 corta e pontua com o rigor de quem tem
luz própria: “A pasta é infinitamente moldável, maleável, modelável. Obedece
submissamente aos movimentos não pensados das minhas mãos. Surgem cabeça,
tronco, ancas...” Se o segundo parágrafo fosse menor, eu daria uma nota maior.
NOTA: 8,0
Nilto Maciel: Tem criatividade o autor. Lembra
(um pouquinho) a letra de uma canção: “Moço, loucura não faça / não quebre a
vidraça / ouvi de um senhor” (...). Há intertextualidade com a Bíblia, no
início do texto. O contista não se perde, não dá lições nem explicações.
Pseudônimo: Ethexse /esxethE
Título: No festival anual de dança
NOTA: 6,5
Nonato Gurgel: O título é ótimo, sugere; mas a pontuação do
texto não ajuda. Falta elaboração da linguagem.
NOTA: 6,0
Nilto Maciel: Qual a graça da piada? Toda dor
não é estúpida?
Pseudônimo: Flora Medeiros
Título: Errante
NOTA: 8,5
Nonato Gurgel: Esta micro narrativa moderna possibilita uma
pluralidade de leituras, envolvendo elementos ideológicos, existenciais e
afetivos. Gosto do gerúndio do verbo
“errar” na última linha, embora ache que este título acrescenta pouco ao texto.
“Errante” me parece apenas uma dimensão.
NOTA: 6,0
Nilto Maciel: Felizmente há inconstância mais
artística.
Pseudônimo: Mutante
Título: A curiosa
NOTA: 7,0
Nonato Gurgel: Parece que a primeira frase da curiosa é longa
demais. Depois, Mutante pega o ritmo. E esse título diz pouco... Curiosa desde
a primeira linha.
NOTA: 6,0
Nilto Maciel: Muito engraçado ou enigmático?
Pseudônimo: Ramon Rufo
Título: Fiscal de Fronteira
NOTA: 9,5
Nonato Gurgel: Título produtivo. O autor aborda o tema
contemporâneo da travessia urbana e das peles e superfícies que nos protegem. Ramon
Rufo pode: é sintético como convém a um homem que narra no seu tempo.
NOTA: 6,0
Nilto Maciel: Essa (a piada), pelo menos, é
curtinha.
RANKING DA EQUIPE NA RODADA
(INCLUINDO BÔNUS DO PÚBLICO):
1º PORTUGA 5, COM 17 PONTOS
2º RAMON RUFO, COM 16 PONTOS
3º FLORA MEDEIROS, COM 14,5
PONTOS
4º MUTANTE, COM 13 PONTOS
5º ETHEXSE /ESXETHE, COM 12,5 PONTOS
OS PARTICIPANTES MUTANTE E ETHEXSE/ESXETHE ESTÃO NO CAMPO PLATÔNICO
NA EQUIPE RAPIDINHOS.
ANÚNCIO
DO TEMA PARA A QUARTA FASE
Caros
autores,
O
desafio tende a ficar cada vez mais difícil. Para aqueles que passarem de fase
(o anúncio será feito amanhã, sexta-feira), devem ficar atentos, pois, as
temáticas para a próxima fase serão divididas por equipe. Os jurados
responsáveis por cada equipe escolheram as temáticas as quais serão dirigidas
para os seus “pupilos”. Confiram, abaixo, as escolhas:
- EQUIPE MAX MINIS
A
jurada Leila Míccolis escolheu o tema “DOSE”.
- EQUIPE OS CONTIDOS
O
jurado Marcos Pasche escolheu o tema “FALTA DE ASSUNTO”.
- EQUIPE RAPIDINHOS
O
jurado André Sant’Anna escolheu o tema “BRASIL, HOJE”.
- EQUIPE INSÓLITOS
O
jurado Paulo Fodra escolheu o tema “FOBIA”.
- O miniconto deve respeitar a temática
respectiva à equipe de cada participante. Sejam criativos, explorem todas as
possibilidades que o tema oferece.
- O miniconto deve ter, no máximo, 150
palavras.
- Deve ser enviado, até as 23:59min. do
próximo domingo, dia 19/05/13, para o e-mail blogautoressa@gmail.com
DESAFIO EXTRA
Além
do miniconto que fora solicitado acima, todos os 16 participantes, de todas as
equipes, terão o desafio de escrever um miniconto de CEM TOQUES CRAVADOS.
Teremos a participação especial do jurado Edson
Rossatto, especialista nesta forma de elaborar minicontos. Edson concederá,
a um participante de cada equipe, 01
ponto bônus para o miniconto que ele julgar melhor. Os jurados oficiais também concederão 1 ponto bônus para um autor de sua
respectiva equipe. Dois pontos podem fazer muita diferença, autores!
Acessem o site do Edson e inspirem-se para
este desafio extra! Eis o link: http://www.cemtoquescravados.com/
Atenção para alguns detalhes:
-
Pedem-se cem toques cravados, ou seja:
será considerado cada toque dado no teclado do seu computador, INCLUSIVE PONTUAÇÕES
E OS ESPAÇOS!
-
O miniconto deve ter um TÍTULO. O título NÃO
entrará na contagem dos toques.
-
Este miniconto deverá ser enviado JUNTAMENTE com o outro, dentro do mesmo
prazo.
ELIMINAÇÃO DA TERCEIRA FASE
TRATA-SE
DE UM MOMENTO DIFÍCIL PARA OS ENVOLVIDOS NO CAMPO PLATÔNICO DA RODADA, PARA OS
JURADOS E PARA OS ORGANIZADORES. COMO MANDA O FIGURINO, VAMOS ÀS ELIMINAÇÕES:
EQUIPE
MAX MINIS
DECISÃO
DE LEILA MÍCCOLIS:
JULIANO
MONTERROSO PERMANECE NA COMPETIÇÃO.
SEBASTIÃO JONES ESTÁ
ELIMINADO.
JUSTIFICATIVA:
É com muito pesar que
opto pela eliminação de Sebastião Jones, autor do magnífico "Ruídos no
Sótão" e do miniconto "Não espere pelo fim", apresentados nas
fases passadas. Repito: vejo no miniconto "Súplica" grandes
qualidades, principalmente no equilíbrio dos elementos que o compõem: ação -
intensidade dramática - emoção. Fundamentei minha decisão apenas porque, nesta
etapa, "Sonhos pétreos" foi um dos meus grandes favoritos. Eu não
contava, porém, Sebastião Jones, nem de longe, com a possibilidade de vê-lo em
"situação perigosa", e, muito menos, com a ingrata tarefa de ter de
escolhê-lo. Acho que ainda ouviremos falar muito de você, um autor criativo,
sensível e de futuro, já no presente!
Meus parabéns pela sua participação
neste certame.
EQUIPE
INSÓLITOS
DECISÃO DE PAULO FODRA:
FINADO
SEVERINO PERMANECE NA COMPETIÇÃO.
RÉGIS GUERRA ESTÁ
ELIMINADO.
JUSTIFICATIVA:
Analisando o histórico
dos dois autores confrontados no Campo Platônico, Régis foi o que mais se
distanciou de si mesmo nessa rodada. Após cometer dois belos minicontos nas
duas primeiras fases do certame, não teve nesta rodada o mesmo vigor da
primeira, tampouco a ousadia poética da segunda (diga-se de passagem, um dos
meus minis favoritos até o momento no concurso). Acredito que possa ter lhe
pesado o prazo ou o tema imposto, pois potencial ele já demonstrou que
tem.
Meu conselho pra ele, e
para todos os que continuam no certame também: em se tratando de minicontos, é
sempre uma questão de tudo ou nada, não existe meio termo. A concisão não abre
margens de erro, então aposte todas as suas fichas e jogue para ganhar. Não
desanime, meu caro!
EQUIPE RAPIDINHOS
DECISÃO DE ANDRÉ SANT’ANNA:
MUTANTE PERMANECE NA COMPETIÇÃO.
ETHESE/ESXETHE
ESTÁ
ELIMINADO.
JUSTIFICATIVA:
Embora o miniconto de
Mutante seja apenas um trocadilho, o miniconto de Ethese/Esxethe não chega a
lugar nenhum. Ele apenas diz: "A vida de uma bailarina é muito duro."
E, para dizer isso, o miniconto ficou até grande demais. Palavras demais para
dizer pouca coisa. Desejo sucesso para Ethexse.
EQUIPE OS CONTIDOS
CASTEL PERMANECE NA COMPETIÇÃO.
LUANA NOSLEN ESTÁ ELIMINADA.
JUSTIFICATIVA:
Embora a Luana tenha conseguido 0,5 pontos a
mais nesta rodada, impossível eliminar, tão prematuramente, um autor que já
escreveu minicontos como “O Abraço” e “A Mulher Dividida”. Foi uma decisão difícil.
Luana Noslen tem potencial para o gênero e pode ter uma carreira promissora na
área.
PARABÉNS A TODOS QUE PERMANECERAM!
E SUCESSO A TODOS QUE DEIXARAM A COMPETIÇÃO NESTA RODADA.
AUTORES S/A
14 comentários:
Cada vez mais complicado e divertido, quero ver como vão se sair agora, essa dos 100 toques vai ser fogo. E será que os eliminados vão se juntar à patética horda dos anônimos revoltados? Vamos aguardar.
Engraçado. Nada disso estava previsto no regulamento inicial. O cara manda um video de inscrição no "The Voice" para os candidatos e depois quer usar regras bastante similares para um concurso de minicontos ... Por favor ... Certame errado do começo ao fim ... Perdi por conta disso ... Tenho dito.
Deus do céu, o anônimo aí de cima viajou na maionese total, eu também estou entre os participantes, recebi o vídeo e entendi como uma pista de como seria o concurso mais pra frente. Tô achando o concurso um barato nada a reclamar se o regulamento mudou, foi pra melhor. E também tenho dito!
Marcelo.
VERGONHOSO!!!!!!
O que eu li não foram críticas, foram "fritadas". Acho que o ego do sr. Nilto Maciel foi afetado. O cara desrespeitou a todos os candidatos e, como isso, desrespeitou também todos os jurados com comentários vagos e sem argumentos.
Como pode alguém da grandeza da Leila Míccolis e do Paulo Fodra ter seus escolhidos tão humilhados desnecessariamente e sem bons comentários! Fora ainda os inúmeros comentários maldizendo o certame.
Eu, no lugar dos quatro jurados iniciais, abandonaria o concurso pela falta de respeito e difamação que este está lhes proporcionando. Mas quem sou eu para sentir a dor dos outros. Eles é que realmente se conscientizem que não precisam passar por tantas críticas sem sentido. Afonso Sobrinho.
Fizeram uma armadilha aos participantes, mandando-os fazerem os textos falando deles próprios. Isso - está visível - influenciou nos comentários maldosos desses dois novos jurados. Concordo plenamente com o anônimo que diz que feriram o ego do Nilto Maciel.
O conto O choro do menino, de Rerman Resto tem um impacto no
fim, sim. O crítico deveria saber que as seguradoras não pagam
seguro por suicídio, o que é revelado pelo menino que chora
pondo tudo a perder.
Boa tarde,
Após a leitura desprezível de ontem, hoje tive a revigorante surpresa ao ler as análises da banca e as consequentes dores de cotovelo neste espaço. Os resultados eram previsíveis.
O jurado Nilto Maciel subiu em meu conceito. Direto ao ponto, álcool na ferida. É assim que tem que ser. E vocês, caros anônimos, além de desinteressantes, são desinteressados. Poderiam estar lapidando uma ideia, estudando sobre o gênero em questão, ou sobre os temas propostos, mas ao contrário disso preferem gastar digital contra os jurados. Eles, assim como eu, temos propriedade para escreverem o que e como quisermos sobre literatura.
Defenderei minha classe até o fim.
Cordialmente,
F.N.V
Onde estão os resultados dos eliminados? Essa demora não colabora com a idoneidade do certame!!!
Acabo de voltar de viagem e notar a confusão ... bom, eu, de toda forma, terei que me retirar do concurso, pois estou em mudança de cidade e de estado e não terei internet por algum tempo
Tiro do concurso uma experiência desagradável, mas pessoal ... não tenho competência para produzir um bom texto, com tema definido e prazo curto
Analiso alguns comentários dos jurados como patéticos, por serem ocos e sem qualquer relevância para ninguém, mas não os que se referem ao meu texto, que ficou ruim mesmo, faltou fermentar
Esse prazo curto me lembrou dos tempos da publicidade e não condiz com o que busco na literatura ... de toda forma, eliminado pelo jurado ou não, abdico aqui de prosseguir: Finado Severino sou eu
Reitero que foi um prazer participar ... fico grato pela experiencia!
Não digo que vou exercitar mais essa escrita em prazo curto porque não pretendo fazer isso, mas gostei de trabalhar com um tema/referencia definido
Abraço a todos e bom trabalho aos que seguem!
Para todos os elminados anônimos,
e nem tao anonimos assim,
uma canção:
"Soy un perdedor
I'm a loser baby,
so why don't you kill me?"
não é um CONCURSO é uma GINCANA!
Por qu?
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